Dos hospitais aos aeroportos, passando pela ferrovia, o Governo já tem alinhavados os objetivos para o 5G. Trata-se de um plano a cinco anos e o passo principal, o procedimento de atribuição do espetro (isto é, o leilão do 5G sobre o qual a Autoridade Nacional de Comunicações vai pronunciar-se hoje) deverá estar alinhado pelos preços europeus comparáveis já conhecidos, admitindo “uma descida das taxas de utilização do espetro”.
O principal objetivo da estratégia aprovada é o de assegurar “assegurar que a quinta geração móvel seja um instrumento de desenvolvimento e competitividade da economia, de coesão social e territorial, de inovação social e da qualidade dos serviços públicos”, segundo o comunicado pelo Governo.
Mas como? A única forma é ter regiões cobertas com 5G e, nesse sentido, o Governo pretende uma cidade do interior, com baixa densidade populacional, e um cidade do litoral (com mais de 50 mil habitantes) “equipadas” com a nova rede móvel, até ao final deste ano de 2020. O 5G deverá ser fornecido “através de redes individuais de cada um dos operadores, de redes partilhadas ou de redes grossistas”.
Por isso, o leilão do 5G que vai atribuir às operadoras portuguesas as faixas do espetro terá início – pelo cronograma da Anacom – em abril e decorrerá até junho de 2020.
As restantes metas estabelecidas pelo Governo nesta estratégia nacional para o 5G serão alcançadas de forma faseada até 2025, ano em que por ordem da União Europeia a nova vaga tecnológica deverá chegar às principais cidades europeias.
Até ao final de 2023 deverão ter 5G:
– Os Concelhos com mais de 75 mil habitantes;
– Todos os hospitais públicos, 50 % dos centros de saúde públicos situados em territórios de baixa densidade e 50 % dos centros de saúde públicos do litoral, que não se encontrem já cobertos por rede fixa de elevado débito;
– Todas as universidades e institutos politécnicos;
– 50 % das áreas de localização empresarial ou parques industriais dos concelhos do litoral e 50 % das áreas de localização empresarial ou parques situados no interior do país;
– Os aeroportos internacionais;
– As instalações militares prioritárias, tal como definidas pelo membro do Governo responsável pela área da defesa nacional;
Até ao final de 2024 deverão ter 5G:
– Os Concelhos com mais de 50 mil habitantes;
– 95% do traçado das rodovias nacionais com tráfego superior a 7.300 metros de veículo/ano;
– As autoestradas A22, A23, A24 e A25; as Estradas Nacionais n.º 1 e n.º 2;
– 95% da linha ferroviária de Braga a Lisboa e do corredor ferroviário do Atlântico;
– 98% das linhas de comboio suburbanas das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto;
– 98% das redes de metropolitano de Lisboa, Porto e da Margem Sul do Tejo;
– O Porto de Sines, o Porto de Setúbal, o Porto de Lisboa, o Porto de Leixões e o Porto de Aveiro.
Até ao final de 2025 deverão ter 5G:
– Tendencialmente, 90% da população ter acesso a serviços de banda larga móvel com uma experiência de utilização típica de um débito não inferior a 100 Mbps;
– Os restantes portos comerciais nacionais;
– As rodovias com tráfego superior a 863m veículos/ano;
– A Linha ferroviária Lisboa /Faro;
– As restantes instalações militares.
5G é ponto de viragem para o setor e para a economia nacional
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