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5G. Romena Digi terá entrado no leilão e atrapalhado planos da MásMóvil para Portugal

O jornal espanhol “Expansión” dá conta que a romena Digi está a participar ativamente na aquisição das licenças em leilão e que isso está a colocar pressão nos planos da MásMóvil, que já terá investido mais do que o que tinha planeado.
23 Agosto 2021, 14h15

A MásMóvil entrou no leilão da quinta geração da rede móvel (5G) para fazer de Portugal o seu segundo mercado, na sequência da aquisição da Nowo. O objetivo é tornar-se no quarto operador do mercado. Mas, de acordo com o “Expansión”, os planos da telecom espanhola esbarraram nos planos do operador romeno Digi Communications, que terá mesmo entrado na corrida pelas faixas 5G apesar de nunca ter confirmado o rumor.

A Digi estará a participar ativamente na aquisição das licenças em leilão e que isso está a colocar pressão nos planos da MásMóvil, que já terá investido mais do que o que tinha planeado.

O “Expansión” indica que, além da MásMóvil, também a Digi Comuunications entrou na primeira fase do leilão, reservada a novos entrantes e que decorreu entre 22 de dezembro de 2020 e 11 de janeiro de 2021. Ora, a estratégia da MásMóvil passava por adquirir faixas de 1.800 MHz e 3,5 GHz a preços reduzidos, para estabelecer redes de 4G e 5G em Lisboa, Porto e Algarve. Mas, logo nessa primeira fase, face à concorrência da Digi, os espanhóis terão pago quase 55 milhões de euros para assegurar três lotes na faixa dos 1.800 MHz (megahertz).

A primeira fase do leilão, que terminou com um encaixe de 84 milhões de euros, colocou em jogo quatro lotes: um na faixa dos 900 MHz e três lotes nas faixas dos 1800 MHz.

Quanto à fase principal do leilão, onde estão em jogo as faixas essenciais ao 5G, ainda não há um desfecho. A luta pelas frequências mais importantes dura há mais de 150 dias, sendo que na fase mais importante do leilão também participam os concorrentes da fase reservada a novos entrantes, além da Dense Air e dos operadores históricos (Altice, NOS e Vodafone).

Segundo o “Expansión”, a luta pela posição de quarto operador em Portugal está acesa, dando nota que a entrada de mais operadores no mercado “vai pressionar os preços e reduzir a rentabilidade de todo o sector”.

Facto é que para a Autoridade Nacional de Comunicações, o estímulo da concorrência do mercado telco nacional sempre foi um objetivo, sendo o leilão uma das vias para esse fim.

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