As discotecas tiveram autorização do Governo para abrir portas a 1 de outubro. Nem todas conseguiram fazê-lo, mas os estabelecimentos de diversão noturna, em Lisboa, contactados pelos Jornal Económico (JE),a garantiram que a afluência de pessoas tem sido positiva, ainda assim os apoios por parte do Governo continuam a ser fundamentais.
MOME sublinha “ansiedade” das pessoas para regressarem às discotecas
Já foi Kapital, depois o Main e agora é o MOME. À frente do projeto continua João Magalhães que contou ao JE que a afluência da discoteca tem sido “muito forte”. “As pessoas estavam num estado de ansiedade para poderem voltar à noite e tem sido muito bom desde o primeiro dia”, descreveu João Magalhães.
O sábado continua a ser o dia de eleição das pessoas para irem à discoteca e no que toca ao MOME a noite que contou com mais pessoas foi sábado onde acolheram uma “média de 800 pessoas”, não tendo utilizado todo o espaço do estabelecimento.
Apesar de a afluência ser boa, João Magalhães admite que “tem de haver mudanças”. Entre o que poderia ser alterado, está a “redução da taxa do IVA” que segundo João Magalhães seria fundamental para as empresas. É preciso “arranjar um pacote de medidas que nos alivie alguma carga fiscal”, pediu.
Titanic Sur Mer com faturação a dobrar
Manuel Vieira, um dos responsáveis pelo Titanic Sur Mer, assumiu ao JE que a “reabertura é muito recente” e como tal é difícil fazer balanços. Mas “em principio é uma alteração para mais do dobro”.
“Houve uma modificação para melhor em termos de receita porque já se pode explorar as coisas até às horas normais, portanto pré-covid, e pode-se começar a fazer a parte de discotecas que nós não fazíamos”, relatou Manuel Vieira, acrescentando que antes de 1 de outubro “estávamos só com música ao vivo”.
Os valores são bons e de acordo com o responsável pela discoteca o dinheiro será aplicado na contratação de “bandas conhecidas e que podem dar nome à casa”. Quanto a regressar aos níveis pré-covid, Manuel Vieira defende que vão ser necessários apoios. “Ainda estamos com dividas porque estivemos estes meses todos fechados”, destacou.
Trumps com afluência “mais positiva do que o esperado”
“A faturação era impossível não aumentar porque estávamos efetivamente encerrados há um ano e meio e qualquer aumento, qualquer mínima afluência teria feito um aumento”, explicou ao JE o proprietário do Trumps, Marco Mercier.
O dono do Trumps revelou que “a afluência tem sido muito positiva, bem mais bastante positiva do que o esperado. As pessoas estão sedentas de diversão, chegam muito cedo e essa foi uma alteração no comportamento. Portanto, normalmente as discotecas eram utilizadas para diversão após bares”.
“No bairro alto a noite começaria seria a partir das 3 da manhã, que é quando o bairro alto fecharia, sempre de uma diversão de uma discoteca. Às onze da noite já começam a formar fila. Portanto, a afluência tem sido maior do que esperado”, afirmou Marco Mercier, completando que conseguiram uma “faturação análoga à de 2019”.
Marco Mercier não deixa de sublinhar que “houve atualização de preços, a faturação subiu porque os preços estão mais altos”. “Por outro lado também vamos ter de pagar mais”.
O esforço do Incognito para o regresso
Em entrevista ao JE Reinier Kuipers, um dos sócios da discoteca Incognito, antes de 1 de outubro tinha dito que a discoteca provavelmente iria abrir dia 7, ou seja na semana seguinte. Agora, espera poder voltar a abrir portas até ao final do mês de outubro. “O negócio fechado é muito mau, nos custos, no aluguer, temos de pagar pessoal e tem sido difícil”, até mesmo selecionar uma equipa para a reabertura da discoteca tem sido uma tarefa árdua.
Apesar do atraso na reabertura, Reinier Kuipers garante que a discoteca volta a abrir portas e que existe muita vontade para que o estabelecimento abra. “Temos muita gente a perguntar: quando voltam a abrir? Nas redes sociais e comigo e com o meu sócio”, referiu Kuipers.
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