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A banana que deu muito que falar e as (in)certezas que vêm aí

Entre fenómenos ‘sísmicos’ que envolvem bananas e fita adesiva e a queda das vendas em leilão, o mundo da arte continua ativo e agita-se com a entrada em cena de colecionadores mais novos… e não só.
27 Dezembro 2024, 16h41

Assim, sem floreados. “Comedian”, do artista italiano Maurizio Cattelan, é uma obra de arte conceptual que consiste numa banana colada à parede com fita adesiva. Cinco anos depois de ter sido comprada por 120 mil dólares foi de novo a leilão e acabou arrematada por 6,2 milhões de dólares (5,9 milhões de euros).

O comprador, Justin Sun, fundador da plataforma de criptomoedas Tron, licitou acima de outros seis interessados na obra num leilão organizado pela Sotheby’s, a 20 de novembro, em Nova Iorque. Sem ironias, pagou em criptomoedas, com muito ironia cumpriu a promessa que havia feito, ou seja, devorou a banana em público. Por “público” entenda-se jornalistas e influenciadores digitais que quiseram marcar presença num luxuoso hotel de Hong Kong para assistir ao deglutir da banana. Além dos milhões de visualizações no éter, pois a transmissão da conferência de imprensa tornou-se viral.

Antes de devorar “Comedian”, Sun fez um breve discurso. “Comer a banana numa conferência de imprensa também pode tornar-se parte da história da obra de arte”. E foi mais longe ao adjetivá-la como “icónica”, para depois a comparar aos NFT e à tecnologia blockchain descentralizada. Com efeito, é emitido um certificado de autenticidade para cada novo proprietário, assim como instruções sobre como substituir a banana quando ela começar a decompor-se. Se o seu sorriso ficou amarelo espere até saber o que aconteceu nos primórdios da exposição da “trilogia da banana” de Maurizio Cattelan.

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