As grandes instituições, como o FMI e a OCDE, reviram em baixa as previsões para 2020, mas o panorama continua a ser de expansão económica.

A economia mundial está numa fase tardia do ciclo de crescimento, contudo não há ainda sinais de viragem em 2020. Como sempre, há um conjunto de riscos no horizonte, mas os mercados financeiros continuam a mostrar um otimismo moderado. Para 2020, destacam-se os riscos “conhecidos”: a “guerra comercial”, as eleições nos EUA e o Brexit.

Tendo em conta os indicadores avançados, como os índices de confiança e os PMI, percebe-se uma melhoria nos últimos meses, o que resulta de otimismo quanto à resolução (ou pelo menos não agravamento) da “guerra comercial”. Por outro lado, a perspetiva de manutenção de políticas monetárias favoráveis ao crescimento e a possibilidade de os governos virem a aumentar a despesa para estimular a atividade contribuem para um quadro mais positivo.

É verdade que o ciclo de crescimento dos EUA já é o mais longo da história, mas a expansão acumulada ainda está longe da registada em outros momentos, como as décadas de 60 e 90. As bolsas mostram otimismo, com vários índices compósitos em máximos históricos e a maioria dos restantes em máximos de ciclo.

É nas taxas de juro que a euforia arrefece – a evolução dos mercados monetários e de dívida mostram pouco espaço para subidas de taxas, reflexo da necessidade de taxas baixas e ausência de inflação.