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“A EEM sempre apostou na maximização da produção de energia renovável”

A Empresa de Eletricidade da Madeira diz ainda que a componente da autoprodução é “uma parte da solução” de maximização da produção de eletricidade de origem renovável, proporcionando mais valias para os autoprodutores e uma redução da dependência energética do exterior”, referindo-se ao regime jurídico relativo ao autoconsumo de energia renovável.
21 Abril 2021, 07h45

O presidente do conselho de Administração da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), Rui Rebelo, diz que a empresa sempre apostou na maximização da produção de energia renovável. O responsável da EEM abordou ainda a aprovação do regime jurídico relativo ao autoconsumo de energia renovável, pela Assembleia da Madeira, afirmando que a componente da autoprodução é “uma parte da solução” de maximização da produção de eletricidade de origem renovável, proporcionando mais valias para os autoprodutores e uma redução da dependência energética do exterior”, explica.

O presidente da EEM sublinha que a empresa sempre apostou na maximização da produção de energia renovável, “tendo vindo, particularmente nos últimos anos, a criar condições para uma maior integração” dessas energias limpas.

“A produção para autoconsumo constitui um processo eficiente, na medida em que parte do consumo é satisfeito a partir da produção local, o que permite reduzir os trânsitos de energia nas redes e as perdas associadas. Assim, apesar deste tipo de produção tender a reduzir as vendas de energia da rede pública, a componente da autoprodução é uma parte da solução de maximização da produção de eletricidade de origem renovável, proporcionando mais valias para os autoprodutores e uma redução da dependência energética do exterior”, explica.

Para o presidente da EEM a possibilidade de vender a energia excedentária da instalação de autoprodução à rede “permite uma melhor rentabilização do investimento, recomendando-se, no entanto, um criterioso dimensionamento da instalação de autoprodução, em função das necessidades de consumo próprio, pois o seu sobredimensionamento poderá tornar o projeto menos atrativo do ponto de vista de retorno do investimento”.

O presidente da EEM sublinha que a produção com origem em instalações de autoprodução ou produção para injeção total na rede tem um impacto semelhante na rede. “Em ambos os casos, a energia na rede é remunerada de acordo com os regimes de licenciamento das instalações, competindo à EEM esse pagamento nos termos definidos na regulamentação, como intermediário no processo. Considerando-se que as UPAC (Unidades de produção para autoconsumo) constituem uma produção descentralizada, essa produção traduz-se na redução dos trânsitos de energia nas redes e nas perdas associadas, podendo permitir o adiamento de alguns investimentos nas redes. Não obstante, a produção descentralizada apresenta, também, um conjunto de desafios técnicos, uma vez que, tradicionalmente, as redes são dimensionadas para trânsitos de energia das redes para os clientes e não dos clientes para as redes, o que pode originar, em algumas situações, uma redução da qualidade da energia elétrica”.

O presidente da EEM refere que a remuneração da energia excedentária proveniente de UPACs no regime em vigor, varia mensalmente e é definida como 90% da média aritmética simples dos preços de fecho do Operador do Mercado Ibérico de Energia (OMIE) para Portugal (mercado diário), relativos a cada mês, em (euro)/kWh.

Como exemplo ilustrativo, o presidente da EEM, refere que os preços médios mensais do OMIE foram de 0,04203 euros/kWh e de 0,06069 euros/kWh, em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, sendo que 90% destes valores correspondem a 0,03783 euros/kWh e a 0,05462 euros/kWh.

“O acréscimo de produção está associado à potência instalada em UPAC e a capacidade de produção média. Se considerarmos que atualmente existem registos de UPAC na RAM para cerca de 1700 kW e que o número de horas de produção típica equivalente é de 1500 horas, obtém-se uma produção anual de cerca de 2,5 GWh/ano, o que corresponde a cerca de 0,3% da produção total anual”, sublinha.

Leia aqui a edição do Económico Madeira de 1 de abril.

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