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A época do homem: O desafio do desconhecido

Sabemos, apesar de tudo, que a humanidade está a entrar numa nova fase de relacionamento com as máquinas, marcada pelo papel preponderante das tecnologias na gestão e na execução das atividades diárias do homem, ajudando-o a transcender as suas limitações físicas e intelectuais.
8 Maio 2019, 07h15

De acordo com o estudo intitulado “The Next Era of Human-Machine Partnerships”, desenvolvido pelo Dell Institute for the Future, em 2017, em consequência do desenvolvimento tecnológico, até 2030, aproximadamente 85% das profissões serão novas, o que significa que presentemente ainda não foram inventadas.

Assim, não obstante as diversas previsões feitas em diferentes áreas por outros tantos profissionais, tentando antecipar o futuro da sociedade em geral, particularmente da economia e das empresas, é um facto que ninguém tem bem a certeza o que realmente vai acontecer, sendo o certo que o desconhecido é o grande desafio da atualidade.

Sabemos, apesar de tudo, que a humanidade está a entrar numa nova fase de relacionamento com as máquinas, marcada pelo papel preponderante das tecnologias na gestão e na execução das atividades diárias do homem, ajudando-o a transcender as suas limitações físicas e intelectuais. Fruto desta interação homem/máquina, as máquinas funcionam como uma extensão das capacidades dos indivíduos, tornando-os mais eficientes, designadamente na armazenagem e processamento de dados, como por exemplo os big data.

Tudo isto, terá um impacto significativo na economia mundial no presente e no futuro próximo, designadamente: i) As pessoas terão forçosamente que aprender em tempo real, na medida em que as alterações serão tão vertiginosas, que podem originar novas indústrias a qualquer momento, em qualquer  lugar do mundo, requerendo novas competências, sob pena de quem não acompanhar esta tendência e o ritmo crescente de mudança, estar condenado a desaparecer do mercado; ii) As empresas vão utilizar tecnologias baseadas em dados para identificar e atrair os talentos com as competências adequadas para responder a estes desafios, não apenas no local onde se encontram, mas em qualquer parte do mundo. iii) As gerações de jovens “digitais” direcionar-se-ão para empresas e organizações que reúnam as condições ideias à realização das suas aspirações.

Neste cenário, de homens potenciados pelas tecnologias, o ser humano será elevado a um nível de superioridade, nunca antes conhecido. Assim, não estamos a viver, como se temia, ou de certa forma ainda se teme, a fase de substituição dos homens pelas máquinas. Na realidade, geologicamente e, mesmo, socialmente pensando esta é a época do homem.

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