A evolução não se limita à mera automação – representa uma integração harmoniosa, onde a criatividade humana e a precisão das máquinas colaboram para criar processos mais eficientes, personalizados e sustentáveis.
Quem ainda acredita que a indústria 5.0 é um luxo, ou uma questão opcional, está a perder a corrida. O mercado de amanhã não vai esperar. As empresas que não adotarem tecnologias como Inteligência Artificial generativa, robôs colaborativos ou big data vão ser ultra-passadas por aquelas que já integram estas soluções.
O que é a indústria 5.0?
A indústria 5.0 propõe uma abordagem mais humana, personalizada e sustentável. É um objetivo realista e necessário para elevar a competitividade das pequenas e médias empresas (PME). Ao contrário da anterior revolução digital, baseada na automação e na eficiência, esta assenta na ideia de colaboração entre humanos e máquinas inteligentes, colocando o ser humano no centro da produção. A tecnologia não substitui o trabalho humano; complementa-o. A integração de soluções como impressão 3D ou a lA para personalização de produtos já é uma realidade para algumas PME, mas muitas continuam a funcionar com processos antiquados. O mercado está a mudar e as expectativas dos consumidores, a evoluir. Já se questionou: está a sua empresa a dar os passos certos para o futuro? Para as PME, que constituem 99% do tecido empresarial português, esta transição engloba tanto oportunidades quanto desafios significativos.
Indústria 5.0: o que as empresas andam a fazer
• Introdução de robôs, para colaboração com operários humanos;
• Implementação de IA generativa, para apoio à conceção de produtos personalizados;
• Uso de digital twins (gémeos digitais), para simular e otimizar processos de produção;
• Impressão 3D de peças sob medida;
• Produção inteligente e sustentável, com dados em tempo real;
• Investimento em upskilling e reskilling de colaboradores para funções de maior valor.
Transformação digital em aceleração
A transformação digital da economia tem sido acelerada por fenómenos como a pandemia, as disrupções nas cadeias de abastecimento ou os desafios climáticos, mas a maioria dos
Estados-Membros.ainda está num estádio inicial da indústria 5.0. As PME, em particular, enfrentam limitações de investimento, falta de competências técnicas, infraestruturas desadequadas e uma cultura organizacional pouco orientada para a inovação. No entanto, há sinais positivos: o número de iniciativas de apoio a digitalização e a qualificação dos recursos humanos está a crescer e há cada vez mais soluções tecnológicas escaláveis e adaptáveis à realidade das pequenas empresas.
Segundo o relatório da OCDE SME Digitalisation to Manage Shocks and Transitions (2024), que incluiu França, Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha e Estados Unidos, as PME que adotam tecnologias digitais avançadas, como IA e robótica colaborativa, são mais resilientes a choques externos e têm melhor desempenho a longo prazo.
Empresas inovadoras estão a adotar tecnologias como robôs colaborativos, IA generativa, gémeos digitais, impressão 3D e sensores IoT para otimizar processos e tomar decisões em tempo real. Com apoio da computação em nuvem e soluções como ma-chine learning e big data, melhoram a análise de dados, antecipam falhas e alinham-se com objetivos susten-táveis. Em setores como mobilidade, saúde e agroalimentar, as PME portuguesas estão já a dar os primeiros passos nesta revolução, integrando estas tecnologias com o apoio de parceiros científicos.
No horizonte, destacam-se tendências como a computação quântica, que promete resolver problemas de alta complexidade em segundos; a biofabricação, que combina engenharia biológica com impressão 3D para criar tecidos ou materiais vivos; os materiais inteligentes, capazes de responder a estímulos do ambiente; e a integração ética da tecnologia, com foco na transparência dos algoritmos e na proteção dos dados.
O papel do financiamento e das parcerias
O setor financeiro é também um aliado fundamental nesta jornada. Soluções como a Linha BPF Invest EU e a Linha FEI
Sustentabilidade, que o Santander oferece, permitem às empresas financiarem os seus projetos com forte componente tecnológica ou ambiental. Plataformas como o Santander X ligam empreendedores a redes de investidores e especialistas, facilitando o acesso a conhecimento e recursos estratégicos para a inovação. Com os parceiros certos, é possível acompanhar a mudança de paradigma rumo à indústria 5.0. Para as PME portuguesas, representa uma oportunidade estratégica para aumentar a competitividade e criar valor sustentável a longo prazo. Nesta nova era industrial, a inovação não é apenas tecnológica – é também humana.
Este conteúdo foi produzido em parceria com o Santander Empresas.
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