O país vai a eleições no próximo dia 10 de março, em resultado de uma crise política que os portugueses não desejavam.  Portugal em nada se compara ao país de novembro de 2015, quando António Costa formou Governo. O tempo antes de eleições legislativas leva a que muitos atores políticos da oposição deturpem os factos.

Por isso, vamos a alguns dados objetivos e factuais: a Taxa de desemprego em 2015 situava-se nos 12,9% e atualmente está em 6,5%; o Salário Mínimo Nacional em 2015 era de 505 euros e em 2024 será 820 euros; a precariedade baixou dos 22,2% para os 17,9 %. Isto para além de sermos, atualmente, um país com crescimento económico acima da média europeia. Claro que só o PS pode continuar a garantir o quadro de estabilidade para o país.

Os socialistas elegeram, nos passados dias 15 e 16 de dezembro, um novo Secretário-Geral, tendo a escolha sido clara e recaindo em Pedro Nuno Santos, candidato que contou com o meu apoio desde o primeiro momento. É importante em democracia reconhecer quem se disponibilizou para a disputa eleitoral e não venceu, nomeadamente Daniel Adrião e, em especial, José Luís Carneiro. E um partido inteiro conta sempre com todos, depois de uma disputa eleitoral democrática.

Pedro Nuno Santos é um líder da escola e tradição da social-democracia europeia. Um líder com carisma, com preparação e capacidade de fazer e decidir.  Um líder adaptado ao século XXI e às novas formas de fazer política. Sim, porque se as novas gerações estão afastadas dos partidos tradicionais, temos de saber comunicar com essas gerações. E Pedro Nuno Santos sabe.

Conheço o Pedro Nuno Santos há mais de 20 anos e reconheço nele capacidades de liderança, de estabelecer compromissos e diálogo tão necessários neste momento da nossa democracia. Mas o Pedro Nuno Santos é também um líder que não fica pelo meio da ponte e decide sem hesitações.

A sua liderança do PS, e depois de 10 de março do país, faz-me acreditar que que seja capaz, através do diálogo, de resolver desafios tão complicados e em setores chave como a educação e a saúde, chegando naturalmente a acordo com os profissionais da área. Mas há outros setores da sociedade onde é urgente intervir.

Por exemplo, não faz sentido os trabalhadores do setor público continuarem a perder competitividade face aos trabalhadores do privado. E não podemos arriscar que outros protagonistas peguem sozinhos em temas como a segurança e defesa, com os riscos que isso implica, sendo um dos principais desafios dignificar quem exerce essas funções. Naturalmente, a responsabilidade orçamental é importante para concretizar políticas públicas e tomar decisões.

Pedro Nuno Santos é alguém que conhece bem o funcionamento da economia real, as dificuldades e os desafios das empresas, e isso é uma enorme mais-valia para o crescimento e desenvolvimento económico, bem como para o diálogo e a concertação social. Num contexto económico complexo, nomeadamente pelo enquadramento internacional, essas suas capacidades e conhecimentos são cruciais.

Também acredito que será a pessoa certa para continuar o combate às alterações climáticas que Portugal tem vindo a liderar no contexto europeu, e a aposta que fez na ferrovia é disso uma garantia.  Assim como tendo sido um dos grandes defensores das políticas públicas de Habitação, o que o coloca como tendo os conhecimentos e ferramentas para continuar a responder aquele que é um dos maiores desafios do nosso país.

E se o maior partido da oposição o mais que consegue dizer sobre o novo líder do PS é que ele é que é radical e impulsivo, isso demonstra o receio e o desnorte em que aquele está mergulhado. A verdade é que se ser radical é defender o aumento dos salários ou das pensões e a dignificação da vida dos portugueses, então eu sou radical com todo o gosto.

Acredito que Pedro Nuno Santos será o nosso primeiro-ministro depois das eleições de 10 de março, e que responderá aos desafios da coesão social, da coesão territorial, fazendo de Portugal um país mais justo, um país mais solidário e um país mais inclusivo. Vamos a isso!