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Deloitte: “A nível internacional, as perspetivas continuam interessantes”

Deloitte prevê que imobiliário e setores ligados às novas tecnologias sejam os mais dinâmicos nas fusões e aquisições em Portugal, em 2019.
17 Março 2019, 20h00

A Deloitte lidera o ranking de 2018 da assessoria financeira a fusões e aquisições (M&A) por número de operações, elaborado pela Mergermarket, com 12 negócios. O Jornal Económico colocou três questões a António Júlio Jorge, partner e Financial Advisory Leader da Deloitte.

 Qual a importância de um assessor financeiro numa operação de M&A?

O assessor financeiro é por definição a entidade que procura assegurar que o processo, normalmente complexo e demorado, de uma operação de M&A traga o mínimo de perturbações para a vida da empresa. Isto permite que independentemente de que existam – ou não – alterações na composição acionista, as empresas possam não ser afetadas no seu negócio e logo também no seu valor.

É normal que os acionistas e a administração depositem a sua confiança em quem tem um capital de experiência acumulado por várias operações semelhantes, aportando experiência, capacidade de execução e conhecimento setorial. Desta forma possibilita-se que a administração se concentre na gestão do negócio e isole ao máximo a empresa de perturbações.

Num contexto de cada vez maior complexidade e globalização, é importante que o assessor financeiro tenha competências multidisciplinares e uma rede global para dar resposta às crescentes solicitações de operações cross-border, bem como uma reputação de credibilidade que facilite a criação de valor durante as negociações entre as partes.

Que evolução espera do mercado de fusões e aquisições este ano?

No plano internacional, as perspetivas continuam interessantes e o número de transações continua elevado, apesar de afetado pelo agravamento de tensões comerciais, instabilidade política e aumento do escrutínio regulatório. A acumulação de capital em fundos de private equity e a solidez financeira de muitas empresas poderão potenciar aquisições em 2019, incluindo investimento estrangeiro em Portugal.

Por outro lado, temos assistido a uma dinâmica interessante por parte dos private equity portugueses e de empresas com planos de expansão internacional. Será importante que o que venha a suceder no plano político, nacional e também europeu, permita reforçar a confiança dos agentes para investir.

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