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Abanca fecha compra do EuroBic e fica o sétimo maior banco em Portugal

O EuroBic Abanca será gerido por um conselho de administração composto, maioritariamente, por administradores portugueses. O CEO será Francisco Botas.
11 Julho 2024, 13h34

À segunda foi de vez. O Abanca conseguiu fechar a compra do EuroBic depois de em 2020 ter falhado a tentativa. Tal como avançado pelo Jornal Económico na edição de 28 de junho, a compra do EuroBic já tinha sido aprovada pelo Banco de Portugal, num negócio que ascende aos 300 milhões de euros.

Em comunicado, o banco liderado por Francisco Botas diz que concluiu a compra do EuroBic e que se torna a sétima entidade bancária em Portugal.

“O Abanca assinou hoje com os acionistas do Banco BIC Português (EuroBic) a conclusão da operação de aquisição de 100% do capital da entidade portuguesa”, revela a nota oficial. A transmissão de ações decorreu esta manhã em Lisboa e contou com a presença, em representação do Abanca, do Presidente Juan Carlos Escotet Rodríguez, e do CEO, Francisco Botas.

O EuroBic Abanca será gerido por um conselho de administração composto, maioritariamente, por administradores portugueses, garante o banco. “A gestão do EuroBic Abanca será realizada através do conselho de administração, que será presidido por Juan Carlos Escotet Rodríguez e composto por 12 administradores, maioritariamente portugueses, e que contam com um comprovado percurso profissional, revela o banco.

Os novos administradores são o CEO do Abanca, Francisco Botas e os administradores portugueses Ana da Cunha Barros, Manuel López Figueroa, Pedro Azevedo Maia, Filomena Oliveira, Rita Lourenço, José Azevedo Pereira (atual presidente do EuroBic), Susana Nereu, Miguel Antunes, Rui Lopes e Alfonso Caruana. Por seu lado, Pedro Pimenta continuará a exercer as funções de Country Head do Abanca Portugal.

A operação foi concluída oito meses após o acordo de compra e venda assinado pelas duas partes e depois de recebidas as aprovações relevantes dos diferentes reguladores: Autoridade da Concorrência Portuguesa e Banco Central Europeu.

Segundo a AdC o Abanca vai triplicar de tamanho com a aquisição do EuroBic, mas a quota de mercado não irá superar os 5%. A entidade presidida por Nuno da Cunha Rodrigues não indicou percentagens concretas, apenas intervalos de quota, como noticiou o Expresso.

A  instituição financeira irá operar sob a marca EuroBic Abanca até que, ao longo de 2025, se conclua o processo de integração tecnológica e operacional do negócio.

“Durante este fim-de-semana e, de forma gradual, até à conclusão do processo serão realizados trabalhos de implementação da nova imagem exterior e de remoção dos anteriores elementos de marca nas agências, serviços centrais e caixas ATM. Este logótipo de transição será também apresentado nos diferentes canais digitais (web, banca eletrónica e mobile), bem como nos cartões de crédito e débito”, acrescenta o banco galego.

Em comunicado o Abanca detalha que A aquisição do EuroBic reforça “exponencialmente” o seu posicionamento em Portugal e torna-o numa das principais entidades bancárias do país.

“Em grandes números, multiplica por quatro a sua base de clientes, até 325 mil, e por 3,5 a sua rede comercial, com 251 agências, distribuídas pelos 18 distritos do país e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, enquanto, multiplica por 2,6 o seu volume de negócios, ultrapassando os 20,3 mil milhões de euros”, lê-se no comunicado.

“A aquisição do EuroBic tem um claro sentido estratégico para o Abanca, devido ao dinamismo do mercado português, a sua inter-relação económica com a Galiza e com Espanha, e as sinergias que proporciona ao nosso projeto. É a operação corporativa mais significativa que desenvolvemos até à data, e a segunda em Portugal desde que inauguramos esta fase de crescimento internacional em 2018 com uma clara vocação de consolidação ibérica”, afirma Juan Carlos Escotet Rodríguez,, citado no comunicado.

Na mesma linha, Francisco Botas, CEO do Abanca, destaca que “com a incorporação do EuroBic ganhamos eficiência e capacidade comercial para estarmos mais próximos dos nossos clientes e melhorar a qualidade do serviço e, adicionalmente, reforçar linhas de negócio prioritárias no nosso modelo de especialização com o qual poderemos oferecer respostas adaptadas às necessidades de cada segmento com o máximo valor acrescentado”.

Esta nova operação corporativa, a décima que o Abanca realiza nos seus dez anos de atividade, coloca-o como o sétimo banco em Portugal.

Por fim é dito que a integração permitirá ao ABANCA crescer em negócios estratégicos para a entidade, como a banca de empresas, especialmente nos segmentos de negócios e agrícola. Bem como os clientes do EuroBic poderão aceder a uma rede comercial mais extensa, “com presença em 11 países da Europa e da América, a uma poderosa plataforma de banca remota e a soluções digitais inovadoras, bem como a uma gama de produtos e serviços mais ampla”.

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