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Acalmia na tensão no Médio Oriente pode levar petróleo abaixo dos 60 dólares

Com o otimismo a crescer quanto ao fim das hostilidades, o mais provável é que o preço do petróleo continue a baixar, sendo possível que o Crude volte a baixar dos 60 dólares por barril”, diz o CEO da ActivTrades Europe, Ricardo Evangelista, ao Jornal Económico (JE).
Reuters
25 Junho 2025, 09h04

A acalmia da tensão no Médio Oriente, com o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o Irão, pode provocar uma queda no preço do petróleo levando a que a matéria-prima possa vir a negociar abaixo dos 60 dólares, defende o CEO da ActivTrades Europe, Ricardo Evangelista, ao Jornal Económico (JE).

Ricardo Evangelista, referindo-se às tensões que têm existido entre Israel e o Irão, disse que o conflito regional tem o potencial de afetar o mercado global num cenário em que o Irão “impedisse a circulação” através do estreito de Ormuz.

“No entanto, esse cenário [fecho do estreito de Ormuz] parece estar para já descartado. Com o otimismo a crescer quanto ao fim das hostilidades, o mais provável é que o preço do petróleo continue a baixar, sendo possível que o Crude volte a baixar dos 60 dólares por barril”, diz Ricardo Evangelista.

O Parlamento de Teerão já tinha recomendado o fecho do estreito de Ormuz depois dos ataques sofridos pelo Irão por Israel.

Num cenário em que essa recomendação se concretiza-se Ricardo Evangelista diz que o impacto dessa medida “seria grande” tendo em conta que por aí circula 20% do petróleo mundial.

Contudo Ricardo Evangelista considera que atualmente o cenário de fecho do estreito de Ormuz “é pouco provável” mas alerta que caso venha a acontecer o preço do barril de petróleo pode passar a negociar acima dos 100 dólares.

Há ainda analistas que admitem que a tensão no Médio Oriente pode levar a que o preço do petróleo chegue mesmo aos 150 dólares.

O CEO da ActivTrades Europe salienta que o otimismo nos mercados financeiros relativamente ao fim das hostilidades, no Médio Oriente, tem levado a um “aumento do apetite pelo risco” que gerou ganhos nos principais índices bolsistas e perdas para ativos de refúgio como o ouro.

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