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Acções da EDP que estavam indisponíveis vão ser admitidas à cotação

Período de indisponibilidade a que estavam sujeitas as acções terminou a 11 de Maio deste ano, quatro anos depois da data da conclusão da venda, tendo-se procedido entretanto à alteração da categoria dos títulos.
24 Dezembro 2016, 00h21

Em causa estão 568.797.735 acções, no valor unitário de um euro, representativas de cerca de 15,56% da EDP.

A empresa liderada por António Mexia publicou nesta sexta-feira o prospecto da admissão das acções à cotação. Nele enumera uma lista extensa de riscos. Entre eles estão riscos relacionados com a actividade da EDP, como por exemplo a exposição à incerteza do ambiente macroeconómico
global e, em particular, aos desenvolvimentos nas economias dos principais países onde opera, nomeadamente de Portugal, Espanha, Brasil e Estados Unidos da América. “Poderão ser implementadas medidas adicionais pelo Estado Português na sequência do PAEF (plano de assistência financeira) de forma a limitar o aumento dos preços da energia”; as condições dos mercados financeiros poderão afectar adversamente a capacidade da EDP para obter financiamento, incrementando a sua exposição ao risco de liquidez e aumentando o custo da sua dívida.

Os resultados operacionais da EDP são fortemente afectados pelas normas legais e regulamentares implementadas por várias entidades públicas nas várias jurisdições em que esta opera; Nas actividades de redes reguladas de distribuição de energia, as revisões. A EDP avisa ainda que as actividades regulatórias periódicas podem implicar perdas significativas de proveitos regulados.

“As actividades da EDP estão sujeitas a numerosos regulamentos ambientais
que poderão ter um efeito adverso e substancial na sua actividade, situação
financeira, perspectivas ou resultados operacionais; Embora os investimentos da EDP, passados e planeados, em novas instalações de produção de electricidade assumam que as licenças de emissão de CO2 se tornarão gradualmente mais restritas ao longo do tempo, a EDP continua a operar de acordo com as suas práticas actuais de gestão de risco de CO2 e de acordo com a legislação e regulamentação em vigor relativas a estas emissões; A legislação ambiental, além da relativa ao CO2, pode requerer investimentos adicionais por parte da EDP, com impacto na actividade”, são alguns do riscos apontados.

Estes títulos que são admitidos à cotação estão incluídos nos 21,35% de capital da EDP  (780.633.782 acções) comprados pelo grupo chinês em 2013, mas não estavam admitidos à negociação “por pertencerem a uma categoria especial que englobava as acções detidas por entes públicos”.

O período de indisponibilidade a que estavam sujeitas terminou a 11 de Maio deste ano, quatro anos depois da data da conclusão da venda, tendo-se procedido entretanto à alteração da categoria dos títulos.
“Na sequência da referida alienação e concomitante alteração de categoria, e nos termos do disposto nos artigos 227.º e seguintes do Código dos Valores Mobiliários, dos quais resulta que as acções da mesma categoria devem estar todas admitidas a negociação, são agora admitidas à negociação as referidas 568.797.735 acções representativas de cerca de 15,56% do capital social da EDP e dos direitos de voto da EDP,” refere o documento.

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