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ACEPI quer cativar empresas britânicas para vender em Portugal

Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEPI Associação da Economia Digital, explica porque era necessário fazer um estudo que identificasse os 20 principais destinos para a expansão dos negócios digitais em Portugal.
20 Outubro 2018, 09h00

Quais são os principais objetivos e conclusões do estudo que acabaram de apresentar?

Um dos grandes desafios de Portugal no que toca ao comércio é que temos uma balança  comercial digital desequilibrada. Os portugueses compram cada vez mais online e os que compram, compram mais. Além disso compram cada vez mais fora.

Não existe na mesma proporção estrangeiros a comprar em sites e operações portuguesas. A capacidade de exportação através do digital, de vender e transacionar e entregar um produto noutro país será o que muitas empresas portuguesas ambicionam.

Este estudo pretende ser uma ferramenta útil para qualquer empresário que queira identificar quais é que são os mercados mais interessantes para promover e comercializar os seus produtos utilizando a Internet enquanto plataforma.

Identificámos as 20 maiores economias em termos de digitalização, do potencial de exportação que existe para Portugal, tendo também identificado produtos e gamas de produtos que os consumidores daqueles países mais compram. Estas conclusões permitem-nos também aferir qual é o potencial que quem produz pode ter nesse país. Estou a pensar no sector do calçado, dos têxteis, do das bebidas, da alimentação. Áreas que as empresas portuguesas eventualmente já produzem e que poderão tirar partido da Internet como forma de promoção ou venda.

 

Quais as motivações subjacentes ao desenvolvimento deste estudo?

Achamos que este estudo vem colmatar uma lacuna que existia no mercado, que era a falta de informação para as empresas portuguesas sobre que mercados potenciais existem e em que devem apostar.

Esta ferramenta faz um diagnóstico, uma radiografia detalhada de 20 mercados inclui dados macro (população, PIB, taxas de IVA), mas também aspectos mais ligados ao digital: como o número de consumidores online, os produtos mais comprados online, os sistemas de pagamento mais utilizados, a qualidade da logística, a facilidade de fazer negócio em cada país.

 

Como escolheram o país convidado? 

Para a Portugal Digital Week escolhemos um dos 20 países identificados: o Reino Unido. Esta escolha está relacionada com a relação histórica entre os dois países, incluindo em termos comerciais. Portugal compra muito no Reino Unido, mas, não obstante Inglaterra ser um dos países com maior número de compradores online, e em que cada consumidor mais consome online não é grande comprador em Portugal. Por isso é importante criar condições para que passe também a comprar em Portugal.

Para o efeito, entre outras iniciativas, será promovida, na próxima semana uma mesa redonda com 30 gestores portugueses e britânicos no Ministério da Economia para discutir não só criamos condições para criar uma maior interligação às vezes são problemas relacionadas com logísticas, ou métodos de pagamento ou fiscais mitigando as situações que poderão estar a condicionar a situação.

 

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