“Na noite passada, o Estado de Israel e a organização terrorista Hamas chegaram a um acordo mediado pelo presidente norte-americano Donald Trump. Este acordo marca a primeira fase de um acordo-quadro para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns, incluindo seis portugueses”, começa assim a Declaração Oficial do Estado de Israel.
O acordo está em conformidade com os objetivos de Israel e as suas posições de princípio desde o início da guerra, o regresso de todos os reféns, um futuro governo em Gaza sem o Hamas e o desarmamento do Hamas, acrescenta o comunicado de Israel.
O acordo foi assinado após muitos esforços liderados pelo Presidente dos EUA e com o amplo apoio da comunidade internacional e dos países da região, mas, sublinha Israel, “também graças a uma determinada, decisiva e poderosa ação militar”.
Da primeira fase do acordo resultará não só a libertação de todos os reféns mas também o fim dos combates em Gaza. Israel faz questão de lembrar que esta foi uma guerra que começou como resultado de “um ataque terrorista assassino do Hamas a 7 de outubro de 2023”.
“Na guerra que foi imposta ao Estado de Israel, Israel foi bem-sucedido na sua determinação de derrotar o Hamas, isolá-lo, forjar um consenso internacional contra a continuação do domínio do Hamas em Gaza e eliminar a ameaça aos cidadãos israelitas”, refere a declaração oficial.
“Após dois dos anos mais difíceis da história de Israel, o povo israelita aguarda o regresso dos seus entes queridos às suas casas, enquanto as suas famílias podem finalmente iniciar o longo e emocionante processo de cura dos seus corações e almas. Estamos no feriado judaico de Sukkot, sobre o qual a Bíblia diz que ‘Este é o tempo da nossa alegria’. Esperamos que muito em breve tenhamos um grande motivo para nos alegrarmos”, conclui o Estado de Israel.
O Presidente norte-americano disse acreditar que os reféns do Hamas “regressarão na segunda-feira” a casa, em declarações à Fox News, após o anúncio de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre Hamas e Israel.
Ao anunciar o acordo, Donald Trump afirmou que “isto é mais do que Gaza —é o início da paz no Médio Oriente”. Garantiu que os Estados Unidos e os países vizinhos ajudarão na reconstrução do território e na criação de condições para uma estabilidade duradoura.
“Gaza será reconstruída e voltará a ser um lugar seguro, com o apoio da comunidade internacional. Este é um grande dia para o mundo árabe, para Israel e para todos nós”, declarou.
O Exército israelita anunciou hoje que iniciou os preparativos e está a estabelecer um protocolo para recuar em breve para a linha que foi estabelecida para a primeira fase da sua retirada após acordo.
O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, saudou hoje o acordo alcançado entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, manifestando a esperança de que tratado possa levar à criação de um Estado palestiniano.
O coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, revelou hoje que as equipas das Nações Unidas estão “totalmente mobilizadas” para que os seus camiões possam entrar em Gaza e entregar alimentos e outros bens básicos.
O Hamas confirmou o acordo, descrevendo-o como um passo para “pôr fim à guerra e garantir a retirada total da ocupação da Faixa de Gaza”. Em comunicado, o grupo agradeceu aos mediadores do Qatar, Egito, Turquia e aos esforços diretos de Trump, pedindo que as potências garantam o cumprimento integral das disposições.
O Qatar confirmou, em nome “dos mediadores”, o acordo para a primeira fase do cessar-fogo em Gaza, que “levará ao fim da guerra, à libertação dos reféns israelitas e prisioneiros palestinianos e entrada de ajuda humanitária”.
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