O administrador-executivo da Mota-Engil Manuel Mota afirmou que o acordo sobre a dupla tributação assinado entre Portugal e Angola é “uma mais-valia” para os dois países e permite às empresas portuguesas serem mais competitivas.
“Na situação atual, havia uma perda de competitividade das empresas portuguesas face às concorrentes de outros países, nomeadamente da China, mas também de outros países com os quais já havia acordos relativos à tributação”, afirmou o gestor da Mota-Engil.
A partir do momento em que deixa de existir dupla tributação, “a margem de risco que as empresas incorporam nas suas margens passa a ser mais baixa, por isso haverá a redução de custos e os preços a praticar poderão baixar”, explicou Manuel Mota.
Para Manuel Mota, também “as empresas portuguesas, como promotoras das exportações e do desenvolvimento sustentável de Angola, e pelo acesso que têm à linha de financiamento da Cosec (Companhia de Seguro de Créditos), acabavam algumas vezes por ser prejudicadas pelo duplo pagamento de impostos”, o que a partir de agora será diferente.
Com o fim da dupla tributação também “aumenta a competitividade da Cosec e dos financiamentos de Portugal e uma redução dos custos das empresas nas várias áreas”.
Segundo Manuel Mota, Angola está focada num processo de diversificação e de gerar bens para exportação e Portugal pode ser um investidor natural em várias áreas, desde a agricultura à indústria, este acordo ainda se torna mais relevante.
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