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Adiamento do aumento das tarifas leva bolsa de Xangai a máximos de oito meses

A principal praça financeira da China fechou esta segunda-feira a subir 5,6%, para 2.961,28 pontos, horas depois de o presidente norte-americano ter anunciado o adiamento do aumento das taxas sobre importações chinesas.
25 Fevereiro 2019, 08h19

A bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, fechou esta segunda-feira a subir 5,6%, para 2.961,28 pontos, horas depois de o presidente norte-americano ter anunciado o adiamento do aumento das taxas sobre importações chinesas. Este é o valor mais alto dos últimos oito meses. Shenzhen, a segunda praça financeira do país, avançou 5,59%, para 9.134,58 pontos.

No domingo, Donald Trump escreveu na rede social Twitter que, durante o fim de semana, decorreram “conversações produtivas” entre com a China e, por essa razão, irá “adiar o aumento das taxas”, inicialmente marcado para 01 de março. Trump disse que se as negociações progredirem irá encontrar-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, na Florida (sudeste dos Estados Unidos), para finalizar um acordo.

Responsáveis norte-americanos e chineses reuniram-se no fim de semana para resolver uma “guerra comercial” que tem estado a afetar os mercados financeiros. O Presidente norte-americano tinha ameaçado aumentar as taxas das importações da China entre 10% a 25%, se os dois lados falhassem um acordo.

China e EUA aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um. Trump e Xi tinham acordado uma trégua de 90 dias, a terminar em 01 de março, para tentarem encontrar uma solução para as disputas comerciais.

Washington exige que Pequim ponha fim a subsídios estatais para certas indústrias estratégicas, à medida que a liderança chinesa tenta transformar as firmas do país em importantes atores em atividades de alto valor agregado, como inteligência artificial ou robótica, ameaçando o domínio norte-americano naquelas áreas.

Os Estados Unidos querem também mais acesso ao mercado chinês, melhor proteção da propriedade intelectual e o fim da ciberespionagem sobre segredos comerciais de firmas norte-americanas.

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