Adidas mais que duplica lucros para 803 milhões de euros até setembro

A Adidas reportou esta terça-feira um aumento de 164% no resultado líquido dos primeiros nove meses do ano para 803 milhões de euros. No terceiro trimestre, a empresa de artigos desportivos registou um lucro atribuível aos acionistas de 443 milhões de euros, mais 71% do que nos mesmos três meses de 2023.

Entre julho e setembro, as receitas da Adidas cresceram 7% para 6,4 mil milhões de euros. Ainda assim, as vendas de peças do restante inventário da Yeezy geraram receitas de cerca de 200 milhões de euros, portanto significativamente abaixo do ano anterior (350 milhões de euros). No acumulado dos nove meses, as receitas também subiram 7% para 17,7 mil milhões de euros.

Apesar das quedas nas vendas dos ténis Yeezy, que até pesaram sobre o mercado norte-americano, as receitas do segmento de Lifestyle – sapatilhas para utilizar no quotidiano –aumentaram dois dígitos, no terceiro trimestre, à boleia das novidades nos modelos populares de franquias como Samba, Gazelle, Spezial e Campus.

Na Europa, o negócio cresceu 18%, nos mercados emergentes e América Latina 16% e 28%, respetivamente, e na Grande China aumentou 9%. Por outro lado, caiu no Japão e Coreia do Sul (-18%) e na América do Norte (-7%).

“O terceiro trimestre foi muito forte para nós e, novamente, melhor do que o esperado. O crescimento subjacente de 14% da marca Adidas, uma margem bruta muito saudável acima dos 51% e um lucro operacional de 598 milhões de euros são números com os quais estamos muito satisfeitos e uma prova de que estamos a caminhar na direção certa”, referiu o CEO da empresa alemã, numa mensagem publicada no relatório financeiro.

Bjørn Gulden considera que o crescimento de dois dígitos em Lifestyle e Performance mostra o “bom equilíbrio atual do nosso negócio”. “O forte crescimento subjacente na Grande China e a viragem para números positivos antes do esperado para a marca Adidas na América do Norte durante os últimos dois trimestres fortalecem a nossa confiança para o futuro a médio prazo”, acrescentou o gestor.