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João Zúquete da Silva suspende funções na Altice no decorrer de investigação interna

O administrador da operadora suspendeu funções enquanto decorrem as investigações ao caso que envolve o co-fundador Armando Pereira, apurou o JE. Outros três funcionários do departamento de Compras também estão suspensos.
19 Julho 2023, 15h10

O Chief Corporate officer da Altice Portugal, João Zúquete da Silva, pediu a suspensão de funções enquanto decorrem as investigações ao caso Altice, apurou o Jornal Económico junto de fonte ligada ao processo.

Juntamente com o administrador, outros três funcionários do grupo, que trabalham no departamento de Compras, também suspenderam as suas funções, adiantou a mesma fonte.

Outro elemento que viu as suas funções suspensas foi André Figueiredo, chefe de gabinete de Alexandre Fonseca, mas neste caso trata-se de uma licença sem vencimento, devido ao facto de ter ficado sem funções após a suspensão do chairman e não por suspeitas de envolvimento em qualquer caso sob investigação.

Num comunicado hoje divulgado, o grupo de telecomunicações deu conta de que está a cooperar com as autoridades portuguesas na investigação do Ministério Público que envolvem vários crimes de fraude à filial nacional, assegurando que lançou uma investigação interna à Altice Portugal e colocou “vários representantes legais, gestores e funcionários importantes de licença”, ou seja, suspensa temporária.

Grupo promete defender os interesse “de todos os acionistas”

Em comunicado, a Altice Internacional diz ter conhecimento de que as autoridades portugueses “identificaram que a Altice Portugal foi, supostamente, vítima de fraude como resultado de práticas prejudiciais e má conduta de certos indivíduos e entidades externas”.

Na mesma comunicação, o grupo evidencia que a Altice Portugal já tinha confirmado as buscas na quinta-feira passada, 13 de julho, e que lançou, inclusive, uma investigação interna aos processos de compra de imóveis.

A Altice Internacional assegura estar a “trabalhar ativamente para proteger os interesses do grupo e de todos os acionistas”. Por essa mesma razão, “a Altice Internacional e as duas filiais colocaram vários representantes legais, gestores e funcionários importantes em Portugal e exterior de licença enquanto a investigação está em curso”, significando que suspendeu, por tempo indeterminado, várias pessoas cujos nomes possam estar ligados às buscas.

De relembrar que Alexandre Fonseca, ex-CEO da Altice Portugal e agora co-CEO da Altice Internacional, suspendeu as suas funções depois do seu nome ser ligado aos negócios que terão lesado a Altice em vários milhões de euros.

“A Altice International e suas afiliadas lançaram imediatamente uma investigação interna em Portugal e em outras jurisdições”, lê-se ainda no comunicado.

Outra ação imediata do grupo é a revista e reforço “do processo de aprovação em todas as aquisições, pagamentos, ordens de compra e processos relacionados, tanto em Portugal quando no nível da Altice Internacional”.

Apesar desta investigação, o grupo assegura que continua o seu trabalho normal e que irá continuar a desempenhar o seu negócio “com a maior integridade e com os melhores interesses dos acionistas em mente”.

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