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Adobe paga a criativos para fazerem o que lhes apetecer durante um ano. Porquê?

Aos participantes é disponibilizado um salário, subsídios e convites para eventos especiais. Há dois anos em funcionamento, a iniciativa Adobe Creative Residency não se destina (infelizmente) a todos os artistas. Apenas designers, ilustradores e fotógrafos selecionados.
10 Junho 2017, 16h00

A tecnológica Adobe Systems criou um programa anual em que oferece aos profissionais da área artística digital a possibilidade de trabalharem num projeto para oferecer à comunidade online e interna da empresa.

Aos participantes é disponibilizado um salário, subsídios, acesso às ferramentas Adobe no Creative Cloud (o conjunto de aplicações móveis e de desktop da Adobe), hardware para desenvolverem os seus projetos e convites para eventos especiais. Com isto, a tecnológica pretende conhecer melhor os clientes e a forma como pensam.

Há dois anos em funcionamento, a Adobe Creative Residency não se destina (infelizmente) a todos os artistas. Apenas designers, ilustradores e fotógrafos selecionados têm a hipótese de participar na iniciativa da casa-mãe de softwares como o Photoshop, Illustrator e InDesign.

Prestes a completar três anos, a vice-presidente e diretora do produto Creative Cloud, Mala Sharma, concedeu uma entrevista à revista Forbes onde fala sobre as próximas metas do programa e as mais-valias que têm notado. A porta-voz anunciou a expansão da Adobe Creative Residency para fora dos Estados Unidos da América. “Estou muito contente por este ano, pela primeira vez, recebermos dois criativos da Alemanha”, exemplificou.

De acordo com a responsável pela iniciativa, a parte mais gratificante é ver a forma como os jovens se envolvem no trabalho e se fazem ouvir, evoluindo em termos de criatividade, criando uma audiência específica e procurando novas oportunidades de trabalho. Conforme afirmou à imprensa internacional, Mara acredita que a Adobe vê potencial no poder da comunidade criativa, daí a criação desta plataforma.

“Um programa como este ajuda os clientes a verem-nos como parceiros deles ao contrário de apenas uma ferramenta ou um fornecedor. Reforça o principal valor da nossa marca de fomentar e de liderar em termos de criatividade”, explicou Mala Sharma, acrescentando que o plano se deveria replicar a outros players do mercado que valorizem as ligações mais imediatas com as comunidades com as quais trabalham.

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