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Adolfo Mesquita Nunes: “O meu projeto de vida não passa exclusivamente pela política”

O vice-presidente demissionário diz que a opção que tomou “em nada belisca” as suas convicções políticas e que vai continuar a ser um apoiante do CDS-PP e da sua atual líder, Assunção Cristas.
  • “[O caso Tancos é] uma telenovela, uma série da Netflix, que já vai na terceira temporada.”
19 Março 2019, 16h37

Adolfo Mesquita Nunes justificou esta terça-feira a saída da vice-presidência do CDS-PP com a vontade de concretizar um projeto de vida que vai além da política. O vice-presidente demissionário diz que a opção que tomou “em nada belisca” as suas convicções políticas e que vai continuar a ser um apoiante do CDS-PP e da sua atual líder, Assunção Cristas.

“Nem todos concordarão com esta escolha, outros treslerão, com mais ou menos insinuações, mas é a minha escolha. Uma escolha livre e consciente, que são os únicos adjetivos que me autorizo”, escreveu Mesquita Nunes numa publicação no Facebook. “Sinto apenas que fiz a minha escolha. E como na canção do Sondheim, a escolha pode estar errada, mas escolher está certo. E eu escolho”.

Adolfo Mesquita Nunes garante, no entanto, que a decisão de deixar a vice-presidência do CDS-PP não choca com outra decisão que tomou há uns anos. “O meu partido é o CDS. A minha história está no CDS. E o meu caminho acompanha o do CDS. Estou convencido de que a alternativa ao socialismo, de que o caminho para um país mais livre, um país com mais ambição e mais oportunidades, passa por um CDS forte, líder”, afirma.

O democrata-cristão diz ainda que vai continuar a ser, como foi “desde o primeiro dia”, e com “a mesma convicção” um apoiante de Assunção Cristas e “da sua ambição e do seu projeto”. Adolfo Mesquita Nunes garante que vai continuar a lutar com “o sentido de militância” de milhares de filiados. E concretiza: “Bater-me-ei, em total liberdade e com absoluto empenho, porque é nisso que acredito”.

“Isto parece uma mensagem de despedida, mas é o contrário disso. É a reafirmação de um compromisso: de um compromisso com o CDS e com esta liderança, de que me orgulho. A todos os que cabem neste meu percurso, e que são muitos, não preciso de dizer que vou andar por aí. Vamos todos andar por aqui”, sublinha o até agora número dois do partido.

Conforme noticiou o jornal “Expresso”, Adolfo Mesquita Nunes vai assumir o cargo de administrador não-executivo da Galp, devendo deixar o partido em abril.

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