O advogado Arnaldo Silva, detido na quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) na cidade da Praia, fica em termo de identidade e residência, está proibido de sair de Cabo Verde e impossibilitado de contactar os demais elementos envolvidos no processo, segundo a informação confirmada pela PJ. A medida de coação foi aplicada ontem pelo Tribunal da Comarca da Praia, depois ter sido presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial.
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados de cabo-verdiana é suspeito de crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, organização criminosa, corrupção ativa, falsidade informática e lavagem de capitais. No mesmo dia, decorreram buscas no seu escritório e a detenção aconteceu “fora de flagrante delito”.
Em comunicado emitido ontem, a Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde diz que, além de Arnaldo Silva, mais seis pessoas foram identificadas no processo. No âmbito da investigação, que contou com o apoio da PJ, foram realizadas várias diligências, tendo o Ministério Público cabo-verdiano promovido a emissão de mandados de busca a vários locais, na Praia, entre os quais a “dois escritórios de um advogado identificado, autorizadas e presididas pelo juiz, em observância de todos os pressupostos legais”.
Arnaldo Pina Pereira Silva foi bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde durante dois mandatos de três anos, entre 2006 e 2012, tendo antes desempenhado cargos governativos no país.
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