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Aethel recebe luz verde para explorar Minas de Moncorvo

Direção Geral de Energia e Geologia autorizou controlo das minas pela empresa de Ricardo Santos Silva, apurou o JE. Minas estão paradas há 30 anos e terão as maiores reservas de ferro da Europa. Plano prevê extração de seis milhões de toneladas de minério até 2026.
5 Novembro 2019, 11h13

A Aethel Partners, liderada por Ricardo Santos Silva, está a concluir a aquisição da empresa que detém a concessão das minas de Moncorvo, que segundo os especialistas terá a maior jazida de minério de ferro da Europa, sabe o Jornal Económico.

Ao que o JE apurou, a subsidiária Aethel Mining já recebeu aprovação da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para assumir o controlo da MTI – Ferro de Moncorvo S.A., empresa que detém a concessão da mina situada no concelho de Torre de Moncorvo.

A exploração da mina está parada há cerca de 30 anos e a sua reativação tem sido um desígnio há muito defendido pela autarquia local.

A Aethel Mining é uma empresa britânica que tem como acionistas o gestor português Ricardo Santos Silva e Aba Schubert. Até ao momento, não foi possível obter esclarecimentos junto da empresa.

MTI prevê investimento de 114 milhões de euros para extrair seis milhões de toneladas de ferro até 2026

Em agosto, a DGEG emitiu um Relatório de Conformidade Ambiental que conclui que o projeto de reativação das minas de ferro de Moncorvo assegura a “proteção das diversas vertentes ambientais”, pelo que há “condições para garantir o cumprimento” das medidas da Declaração de Impacte Ambiental.

Segundo a Lusa, a exploração mineira, que incide nas localidades do Carvalhal, Felgar e Souto da Velha, destina-se à extração de minério de ferro pelo método de lavra a céu aberto, com a perspetiva de ir aumentando gradualmente a capacidade de extração e a correspondente produção de agregados e concentrados de ferro.

A MTI, Ferro de Moncorvo, SA já desenvolveu os trabalhos de prospeção e pesquisa prévios ao abrigo de um contrato de 2008, bem como atividade de exploração experimental no âmbito de outro contrato, este de 2013. O contrato definitivo relativo a esta concessão foi assinado em novembro de 2016, ainda de acordo com a agência noticiosa.

A empresa concessionária da exploração mineira em Torre de Moncorvo espera investir 114 milhões de euros até 2026 e produzir cerca de seis milhões de toneladas de minério nos primeiros cinco anos de laboração.

Segundo a MTI, numa primeira etapa estima-se a criação de mais de 200 postos de trabalho diretos, a que acrescerão mais de 250 nas etapas seguintes. Espera-se ainda a criação de 800 postos de trabalho indiretos.

As previsões da MTI, Ferro de Moncorvo, S.A. apontam que a produção de minério tal-qual (produzido na mina) evolua das 800 mil toneladas no primeiro ano para 1,6 milhões no quinto ano.

 

(Notícia atualizada às 11h27 com informação de contexto obtida em peças da Agência Lusa)

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