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Agilizar é palavra de ordem na nova estratégia das exportações

“O envolvimento dos vários stakeholders da cadeia de internacionalização faz com que as empresas aumentem a sua quota no mercado externo e o sucesso passa por agilizar processos”, afirmou Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP na décima terceira, do Portugal Exportador.
  • Cristina Bernardo
18 Novembro 2018, 21h30

“O envolvimento dos vários stakeholders da cadeia de internacionalização faz com que as empresas aumentem a sua quota no mercado externo e o sucesso passa por agilizar processos, mais do que reduzir custos ou outros aspetos que se mantém relevantes”, afirmou Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP, na abertura da maratona de 10 horas de intenso trabalho, cumpridas em mais uma edição, a décima terceira, do Portugal Exportador.

Nesta edição, a antiga FIL, em Lisboa, recebeu uma participação superior à registada em 2017, com mais de 1500 participantes, 34 embaixadas, 16 empresas prestadoras de serviços, oito gabinetes de consultoria, 15 câmaras de comércio bilaterais e portuguesas no exterior, 16 workshops, 32 cafés temáticos, tendo também ultrapassado a centena de oradores nacionais e internacionais.

Uma participação variada que, sublinha Rocha de Matos, permite uma partilha de ideias e experiências, no fundo, informações das quais “muito depende o aumento da atividade empresarial pelo mundo fora já que contribuem para a definição das destratégias que visam atingir o objetivo geral do país, pequeno mas de grandes ambições”.

Defendendo que o futuro, no que concerne às exportações nacionais e ao processo de internacionalização das empresas portuguesas, passa por uma interação cada vez maior e por uma “frente única” de trabalho, o comendador aponta dois grandes desafios que importa identificar e para os quais todos os intervenientes da cadeia têm de estar preparados.

Por um lado, a necessidade de modernização dos chamados setores tradicionais, ainda que considerem que estes já não existem e deram lugar a um conjunto de empresas, essas sim tradicionais, mas que têm de apostar na sua modernização.

Um outro desafio prende-se com a tecnologia e mais precisamente com as soluções que as startups, devidamente apoiadas, podem econtrar de forma a agilizar e acelerar a atividade exportadora em Portugal.

Certo de que, nos dias que correm, em Portugal, não existem muitos eventos que decorram há 13 anos, e sem interrupções, Luís Castro Henriques, presidente da aicep Portugal, um dos três fundadores do Portugal Exportador, sublinhou a relevãncia deste evento na capacidade de “identificar oportunidades e encontrar formas de ir mais longe”.

Defendendo que o que explica o insucesso das empresas que não conseguem internacionalizar-se é  a falta de informação e de capacitação, alerta para os apoios ao alcance de todas empresas que existem   e que a aicep também disponibiliza.

Devidamente munidas, as empresas estraão então melhor preparadas para responder às duas principais metas a atingir: a diversifcação de mercados e a redução do risco, sendo que “as empresas que exportam para mais destinos são as que têm maior risco” mas são também as que terão melhores resultados. É, por isso, “hora dos empresários decidirem voar mais alto”, conlui o responsável.

O terceiro parceiro na promoção deste evento, é o Novo Banco, entidade que, a cada ano, reafirma “o especial” gosto e satisfação com que participa. “Se podemos constatar que nos últimos anos já fizemos um bom trabalho ao aumentar a base exportadora nacional e ao exportar cada vez mais bens com maior valor acrescentado, também temos que reconhecer que esse esforço tem que continuar porque 24% das exportações nacionais estão concentradas nas 20 maiores empresas exportadoras nacionais e 67% das nossas empresas exportadoras ainda só exporta para um mercado”, afirmou António Ramalho, presidente do Novo Banco.

O que quer dizer que “ainda temos, todos, muito trabalho pela frente”, acrescenta.

Apesar do Portugal Exportador já ser considerado o maior evento de promoção das exportações e da internacionalização realizado em Portugal, António Ramalho garantiu que há mais ambição: “queremos que seja reconhecido como um evento onde, para além das empresas acederem a informação sobre mercados, possam interagir com parceiros nacionais e internacionais, através de reuniões B2B e que possam no curto prazo traduzir-se em negócios concretizados”.

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