Tivemos duas semanas de intensa campanha eleitoral, duas delas de pré-campanha e ainda mais de um mês inteiro de debate, discussão e análise sobre os partidos, os seus líderes e as suas respetivas propostas.

Agora é o momento de os partidos, todos os partidos sem exceção, fazerem a sua parte: serem os adultos da sala. O tempo dos moderados é hoje. Mais do que nunca, numa época pautada pelas disrupções, pelas deliberações unilaterais, pelos movimentos populistas, pelas guerras comerciais e pelas políticas protecionistas, Portugal precisa que as forças políticas moderadas, responsáveis e patriotas assumam as suas responsabilidades.

Pois são esses partidos que melhor devem separar o seu interesse partidário daquilo que é o basilar, fundamental preponderante interesse nacional. A governabilidade do país é um imperativo. A economia não espera, os nossos concorrentes avançam, as pessoas precisam de respostas imediatas aos seus problemas.

Coloquemos a economia no centro da discussão política, num reforço claro da necessidade de as empresas assumirem um papel ativo na definição de uma Agenda Económica que se sobreponha a qualquer desígnio político-partidário. As empresas não vão a eleições, mas garantem o crescimento, o emprego e a criação de riqueza.

A nossa responsabilidade é recentrar a discussão e assegurar que a economia está no centro do debate político, e não o contrário. Portugal necessita urgentemente de mais investimento. Sem um choque de produtividade, não conseguiremos transformar o nosso modelo económico e garantir um crescimento sustentável.

Temos de garantir que as empresas têm as condições necessárias para crescer, inovar e criar valor e, para tal, é imperativo que as decisões políticas sejam tomadas com um olhar atento às reais necessidades do setor produtivo e à urgência de uma visão estratégica para o futuro de Portugal.

Urgem medidas conducentes ao aumento de salários e rendimentos dos trabalhadores, ao crescimento da Economia e à simplificação administrativa dos procedimentos impostos pelo Estado aos Cidadãos e às Empresas.

A CIP continuará a defender uma economia forte, inovadora e competitiva, intervindo de forma ativa na construção de políticas públicas que respondam às necessidades do tecido empresarial português e contribuam para o desenvolvimento sustentável de Portugal.