O CEO da EIT Innoenergy, grupo público-privado de investimento em energia limpa na Europa, afirmou esta quarta-feira que os 140 milhões de euros angariados este verão pela sociedade nascida do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) foram uma “validação do mercado de capitais.
“Agora somos nós um unicórnio. É uma validação do mercado de capitais, quem tem a palavra final, daquilo que estamos a fazer. Mas isto não é a nossa validação enquanto Innoenergy. É a vossa, enquanto investidores e inovadores”, explicou Diego Pavía, na conferência de empreendedorismo e economia verde TBB – The Business Booster.
Em causa está um financiamento de empresas como Société Générale, Santander Corporate Investment Banking, do fundo de energia da francesa CMA CGM, Renault, Stena Recycling, NIIT, Siemens Financial Services, Schneider Electric, Capgemini, Volkswagen, ING, Koolen Industries IDEC e Engie.
“É tempo de desenvolvimento. Podemos atingir as nossas ambições mais cedo do que pensámos. Estamos a moldar o futuro da neta de quatro do Roger Harrabin”, referiu o CEO da Innoenergy, fazendo referência à intervenção, mais pessimista, do ex-analista e jornalista da BBC, que se dedicou à investigação sobre o ambiente e crise climática e recebeu diversos prémios pelos seus trabalhos.
A diretora de inovação da Innoenergy também subiu ao palco do auditório, onde destacou a performance das empresas no portefólio desta comunidade de investimento dedicada à energia sustentável.
“Estas empresas estão preocupadas com os lucros. É claro que estão. Daí terem criado 39.112 postos de trabalho direto e indiretos e gerado 711 milhões de euros de receitas [no acumulado até 2022]”, exemplificou Elena Bou, no evento que decorre no centro de congressos de Amesterdão, nos Países Baixos, até amanhã.
O impacto económico está estimado em 110 mil milhões de euros até 2030, o equivalente ao PIB de Porto Rico, com uma angariação de fundos que ascende a 9 mil milhões de euros. Porém, o impacto não é apenas económico, mas também social e ambiental, como demonstra a contagem de 81 nacionalidades de fundadores/startups, de 1.914 mulheres empreendedoras ou de 2,1 milhões G de CO2 poupados. Noutro âmbito, Elena Bou realçou também as 40 mil pessoas requalificadas pelo Skills Institute e a intervenção em alianças e leis europeias, como a European Baterry Aliance.
*A jornalista viajou aos Países Baixos a convite da EIT Innoenergy
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