O impacto económico do Perímetro de Rega do Mira foi superior a 500 milhões de euros em 2023, com Portugal a ganhar protagonismo como fornecedor mundial de framboesas e amoras a nível mundial, de acordo com o relatório da EY em parceria com a Lusomorango sobre o Plano de Impactos da Produção e Comercialização de Pequenos Frutos, apresentado esta terça-feira.
Este relatório a apresentar neste encontro tem como objetivo quantificar, a nível nacional e regional, o impacto económico atual e potencial da agricultura no Perímetro de Rega do Mira, incluindo a produção de pequenos frutos.
A fechar o evento, que contou com o JE como media partner, Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), começou por parabenizar a Lusomorango pela “preocupação em gerar conhecimento e isso é importante para o sector e para os agricultores”.
“Os resultados são bons, para a Lusomorango sobretudo e em comparação com o que acontecia há 15 ou 20 anos. Mas a nível nacional, face ao potencial, todos os anos perdemos 74 milhões de euros em receita fiscal e 320 milhões de euros de VAB”, destacou o dirigente.
Destacou Álvaro Mendonça e Moura que “como português não posso estar satisfeito e pergunto se os deputados não teriam destino para estes 74 milhões de euros, julgo que não seria um problema. E multipliquem isto”.
“Se continuarmos assim, em dez anos perdemos uma TAP. Por isso, temos que usar as potencialidades deste país e de forma racional. Não é preciso inventar. Temos que questionar qual é o potencial do país e não nos focarmos de quanto fizemos no ano anterior. O desafio para o país é a ambição”, sublinhou este dirigente.
No entender de Álvaro Mendonça e Moura “isto resolve-se com água, com conhecimento tecnológico e com mão de obra e nesse aspeto, temos de ter coragem de dizer que precisamos de mais mão de obra e a solução é a imigração mas isso só pode acontecer se houver condições para os receber e aí as empresas têm grande responsabilidade”.
“Este país não tem falta de água e não dependemos dos espanhóis. A água que cai em Portugal é mais do que suficiente para as nossas necessidades, assim essa água seja aproveitada. A água do Alqueva chega se o Alqueva for alimentado para que este seja uma enorme placa giratória para chegar a Santa Clara e ao Algarve”, finalizou.
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