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AHP pede tempo para hotelaria se adaptar a novas normas de testagem nos estabelecimentos

A associação da hotelaria nacional reconhece a virtude da medida ao evitar um novo fecho ainda mais gravoso para o sector, mas pede tempo para que os empresários e trabalhadores possam analisar a legislação e adaptarem-se à mesma.
9 Julho 2021, 20h44

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) lamenta a falta de tempo dado aos empresários do sector para discutirem e se adaptarem às novas normas anunciadas após o Conselho de Ministros desta quinta-feira, apesar de reconhecer que são “um mal menor” para tentar evitar um novo fecho e as consequências que daí adviriam.

Falando numa “tentativa de normalização da atividade”, a AHP admite, através do seu presidente, Raul Martins, que “é essencial garantir a segurança máxima aos cidadãos e o certificado e o teste negativo são as melhores ferramentas” para promover este objetivo, mas pede mais tempo para analisar a legislação e compreender as suas implicações.

“Há que cuidar, em primeiro lugar, de garantir que os estabelecimentos estão preparados para a sua aplicação, posto que tal exige uma logística que tem de ser montada. Não apenas temos de perceber como é feito o registo da prova dos testes, como, caso dos nossos hóspedes não virem munidos de teste ou certificado, onde e como é feito o autoteste, adquiri-los e disponibilizar um funcionário para verificar a autotestagem”, concretiza o presidente da associação, relembrando ainda que “os estabelecimentos são distintos e as condições que reúnem não são iguais”.

Assim, a indústria hoteleira aponta a “que estas medidas venham a ser o prenúncio da abertura de todas as atividades de animação, cultura e eventos corporativos e outros, que têm estado totalmente parados e que são parte fundamental da oferta turística”, lembrando o investimento que envolverá a aquisição de testes em grandes quantidades.

“Espera-se, ao menos, que sejam medidas que se mantenham sem alterações, porque se vamos agora adquirir testes em grande quantidade é para que possam servir de facto para garantir liberdade de circulação e segurança não só aos nossos turistas, mas também aos empresários e colaboradores da hotelaria. São a alternativa possível a um ainda mais duro encerramento”, conclui Raul Martins.

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