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Air France-KLM perde 314 milhões de euros no primeiro semestre devido a aumento de custos

O grupo de aviação indicou que a redução das viagens em França devido aos Jogos Olímpicos em Paris também contribuiu para as perdas
25 Julho 2024, 14h41

O grupo Air France-KLM perdeu 314 milhões de euros no primeiro semestre, contra um lucro de 260 milhões no mesmo período de 2023, devido ao aumento do combustível e outros custos, e à realização dos Jogos Olímpicos em Paris.

A empresa indicou que a redução das viagens em França devido aos Jogos Olímpicos em Paris também contribuiu para as perdas e anunciou que iniciou um plano de redução de custos, com um congelamento de novas contratações ou despesas adicionais.

No primeiro trimestre, as perdas ascenderam a 480 milhões de euros, que só puderam ser parcialmente compensadas num segundo trimestre mais difícil do que o previsto.

A Air France-KLM registou um volume de negócios de 14.030 milhões de euros entre janeiro e junho, mais 4,7% do que nos mesmos seis meses de 2023, informou em comunicado.

Nesse período, transportou um total de 46,6 milhões de passageiros, que traduz um aumento de 5,2% face ao mesmo período de 2023.

O lucro operacional semestral situou-se em 24 milhões de euros, contra 426 milhões de euros há um ano.

A empresa atribuiu a diferença principalmente ao impacto dos custos mais elevados, devido à subida dos preços dos combustíveis, aos aumentos salariais na Air France e na KLM e ao acréscimo das tarifas nos seus principais aeroportos centrais de Paris e Schiphol, nos Países Baixos.

Além disso, as viagens turísticas para Paris foram reduzidas devido aos Jogos Olímpicos, enquanto os franceses estão a voar menos este verão devido ao evento desportivo, algo que afetou particularmente a Air France.

“O segundo trimestre confirmou a emergência de um cenário cada vez mais difícil para a aviação, com a subida dos preços dos combustíveis e a pressão contínua sobre os custos”, declarou Benjamin Smith, diretor executivo do grupo.

O responsável acrescentou que, apesar de alguns congelamentos de custos, mantém-se “o grande investimento na renovação da frota”, no âmbito do plano da companhia de continuar a comprar aviões mais modernos e mais baratos de operar devido ao menor consumo de combustível.

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