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Albuquerque afirma que ‘Plano Juncker’ foi falhanço completo e apela a mais apoio para território natural

O governante defendeu a importância de manter os valores dos fundos comunitários e alertou para as “consequências devastadoras” da redução do co-financiamento destes fundos, durante a Comissão de Acompanhamento da Estratégia Portugal 2030.
26 Setembro 2018, 10h58

O Plano Juncker foi um falhanço completo para a Madeira e os Açores, considerou Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, durante uma reunião que discutiu a ‘Estratégia Portugal 2030’, onde deixou um alerta para necessidade da União Europeia conceder mais apoios aos territórios que preservar o seu território natural, dando como exemplo as Selvagens.

A razão avançada para o governante, que justifica este “falhanço completo”, está relacionada com a “descapitalização das empresas e também das regiões”, devido à crise que se fez sentir no país, acrescentando que este plano veio beneficiar as regiões ricas e centrais da Europa.

Na sua intervenção inicial na Comissão de Acompanhamento da Estratégia Portugal 2030, na Assembleia Legislativa da República, Albuquerque sublinhou que não se pode escamotear a necessidade de se assegurar as políticas de coesão, entre os quais os fundos relativos ao FEDER e o fundo de coesão.

O governante revelou também preocupação com a alteração das taxas de co-financiamento dos fundos comunitários de 85% para 70%.

Isto pode ter consequência devastadores a passagem de 85% para os 70%. Existem regiões que não vão ter condições para assegurar 30% desse co-financiamento”, alertou.

O POSEI foi outro fundo que levantou preocupação por parte de Albuquerque que referiu que seria importante manter este fundo para territórios como as Regiões Ultraperiféricas (RUP).

“As RUP são fundamentais na afirmação da plataforma continental”, foi outra ideia deixada por Albuquerque nesta Comissão da Assembleia da República.

O governante defendeu que a União Europeia deveria dar um maior apoio na preservação do território natural, como são as Selvagens, referindo que o trabalho de preservação feito nas selvagens tem sido feito pelo Parque Natural com pouca comparticipação da União Europeia.

Albuquerque disse ainda que a Madeira “farta e cheia” do assédio dos pescadores espanhóis nas águas da Região levou a que a Polícia Marítima esteja sediada nas Selvagens para preservar o património.

“As Selvagens são hoje uma das importantes do mundo”, afirmou.

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