Boris Ludwig Pistorius, nascido em março de 1960, é um advogado, membro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), atual ministro da Defesa no gabinete do Chanceler Olaf Scholz (desde janeiro de 2023) e é, segundo vários observadores, um provável candidato a liderar o partido. A derrota nas eleições deste domingo colocam fortemente em perigo o lugar de Scholz como líder do partido e tudo indica que vai mesmo deixar o lugar.
Recorde-se que o partido chegou a colocar a hipótese de Olaf Scholz já não ser candidato a chanceler nestas eleições antecipadas – dado o ser muito baixo grau de aceitação por parte dos germânicos. Mas acabou mesmo por avançar – contra uma parte do partido. Sabe, de qualquer modo, que o seu lugar já não é o de líder dos social-democratas.
A maioria das ‘apostas’ vão agora para Boris Pistorius, que foi também foi membro do Parlamento Estadual da Baixa Saxónia e ministro de Estado do Interior e dos Desportos num governo estadual daquela região. Pistorius trabalhou como conselheiro pessoal do ministro de Estado do Interior da Baixa Saxónia, numa altura em que era próximo de Gerhard Schröder, que acabaria por ser chanceler.
Em janeiro de 2023, o chanceler Olaf Scholz anunciou que Pistorius sucederia a Christine Lambrecht , que renunciara após vários erros políticos, como ministro da Defesa. A decisão do chanceler foi acolhida com surpresa por muitos observadores políticos, que tinham em mente outros nomes para o cargo.
Pistorius anunciou ajuda militar no valor acumulado de 3,7 mil milhões de euros à Ucrânia. Pistorius era o responsável por um fundo de 100 mil milhões de euros disponibilizado para a atualização das forças armadas da Alemanha, um financiamento sem precedentes.
Sob a sua liderança, a Alemanha juntou-se ao Comando das Nações Unidas (UNC) liderado pelos Estados Unidos na Coreia do Sul em agosto de 2024, tornando-se a 18ª nação a fazê-lo. Em julho de 2024, os Estados Unidos anunciaram a sua intenção de implantar mísseis de longo alcance na Alemanha a partir de 2026. As armas dos EUA na Alemanha incluiriam mísseis de cruzeiro SM-6 e Tomahawk e armas hipersónicas. A decisão foi apoiada por Boris Pistorius e pelo chanceler alemão Olaf Scholz.
Uma sondagem realizada em 2024 concluiu que Pistorius é o político mais popular da Alemanha, mas o ministro recusou ser o candidato a chanceler do SPD nas eleições deste domingo. Isso não quer dizer, afirmam os analistas que não esteja interessado em substituir o ‘seu’ líder de governo – numa altura em que Scholz acabe por sair ‘pelo seu próprio pé’.
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