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Alemanha: Governo dividido no apoio à indústria automóvel

A indústria automóvel está em crise e o Executivo liderado por Olaf Scholz está dividido relativamente à forma de ajudar empresas como a Volkswagen, Mercedes e BMW. A começar pelo próprio ministro da Economia que discorda do chanceler.
24 Setembro 2024, 10h56

O Governo alemão liderado por Olaf Scholz está dividido relativamente à possibilidade de avançar com apoios ao sector automóvel, uma indústria fundamental para a economia europeia e que tem vindo a denotar grandes dificuldades.

Se a Volkswagen já avança com planos para encerrar fábricas em solo germânico (pela primeira vez em 87 anos), tanto a Mercedes como a BMW também parecem enveredar pelo mesmo caminho com corte nas previsões de crescimento e previsão de despedimentos no horizonte.

É neste contexto de grandes dificuldades que o Governo de coligação já deu sinais de querer avançar para ajudas na indústria automóvel. No entanto, os partidos que compõem o Executivo germânico não estão de acordo sobre a forma de impulsionar a indústria automóvel.

Essas diferenças foram espelhadas esta segunda-feira pelo ministro da Economia alemão, Robert Habeck, que disse à imprensa que as três formações que compõem o Governo germânico “estão decididas a superar as diferenças para estabilizar a indústria automóvel”.

Inclusivamente, Robert Habeck já terá reunido por videoconferência com os líderes das marcas automobilísticas alemãs e disse aos empresários que “este não é o momento para curto circuitos” e que não iria apoiar a sugestão de Scholz relativamente à introdução de apoios à mudança para os carros elétricos.

Recorde-se que o chanceler alemão propôs restabelecer um bónus de seis mil euros para quem queira trocar o seu veículo de combustão por um automóvel elétrico, uma situação que está a gerar algum desconforto desde logo com o ministro da Economia que lamentou a ausência de debate interno face à forma como apoiar a indústria.

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