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Alemanha impõe limites de velocidade nas famosas ‘autobahn’ devido à onda de calor

Autoridades alemãs decidem impor limite por receios de as temperaturas de 40 graus provocarem acidentes mortais nestas auto-estradas sem limite de velocidade.
26 Junho 2019, 13h08

Os alemães vão ter de levantar o pé do acelerador nas suas autoestradas. As autoridades temem que uma onda de calor abra rachas no alcatrão, provocando acidentes nas famosas autobahn, conhecidas por não terem restrições na velocidade na maioria dos seus troços.

Uma onda de calor proveniente de África está a afetar os países no centro da Europa. A Alemanha, um dos países afetados pela vaga de calor, já começou a tomar medidas de prevenção.

O governo alemão aplicou esta quarta-feira restrições de velocidade em algumas zonas das autobahn. As autoridades decidiram assim impor um limite de 100 quilómetros por hora em alguns dos troços das suas-autoestradas, noticia a Bloomberg.

A medida do governo chega devido ao risco de as altas temperaturas provocarem acidentes mortais nestas auto-estradas. Sabe-se que as temperaturas ao longo desta semana podem alcançar os 40 graus centígrados, podendo fazer cair o recorde de 40,3 graus, estabelecido em junho de 2015.

Diversos meteorologistas estão a culpar as alterações climáticas pelo ar quente que se dirigiu do deserto do Saara para a Europa. As alterações climáticas que se têm vindo a sentir já originaram uma seca na Alemanha em 2018, gerou fogos florestais e forçou o país a importar grãos pela primeira vez em 24 anos.

No início deste ano, um grupo de trabalho propôs a introdução de um limite máximo de velocidade nas auto-estradas do país de 130 quilómetros por hora.

O Governo de Angela Merkel veio rapidamente a público rejeitar que pretendia impor qualquer limite. “Existem mecanismo mais inteligentes de controlo do que um limite de velocidade”, disse em janeiro o porta-voz governamental Steffen Seifert, citado pelo Deutsche Welle.

O ministro dos Transportes alemão rejeitou esta ideia considerando que a mesma “vai contra o senso comum”. “Quem quer conduzir a 120 pode conduzir a 120, quem quer ir mais depressa também o pode fazer. Porquê esta constante microgestão?”, disse Andreas Scheuer.

Por seu turno, o deputado do partido ambientalista Verde Cem Ozdemir defendeu que a imposição de um limite é um “ato de razão”.

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