Em 1996, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português recebeu uma nota da embaixada londrina da Bielorrússia, cujo titular estava acreditado em Lisboa, com um pedido bizarro. No mínimo: pedia que o Estado português avançasse com as melhores diligências para que o seu país passasse a ser tratado por Belarus e não, como até aí, por Bielorrússia.
Ainda não tínhamos chegado a estes estranhos anos mais próximos em que uma série de países (Turquia, Holanda, Mianmar e tantos outros) – decidiu trocar de nome, ou teve de o fazer (Macedónia). Mas, com certeza por má fé, o Ministério português não fez nenhuma diligência, nem melhor nem pior, para induzir a troca, e a Bielorrússia continuou a ser a Bielorrússia em vez de passar a ser Belarus.
Ao contrário do que possa pensar-se, havia ali uma bondade: o país, que tem uma das histórias mais conturbadas de toda a Europa e que havia conseguido a independência da União Soviética em 1990, queria dar boa nota de que estava em crescente distanciamento em relação a Moscovo e via como boa a possibilidade de se aproximar de Bruxelas, a casa da democracia – ou uma delas.
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