[weglot_switcher]

Alexandre Fonseca sai do Grupo Altice

A Altice Portugal confirmou ao JE a saída do gestor e Alexandre Fonseca também avançou com esse desfecho nas redes sociais.
Presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca
4 Janeiro 2024, 09h24

Alexandre Fonseca, CEO do Grupo Altice, chegou a acordo para sair da Altice de acordo com informação que o JE apurou, confirmada esta quinta-feira com uma publicação nas redes sociais por parte do gestor a confirmar a saída.

Questionada pelo JE, fonte oficial da Altice Portugal confirmou que “o Grupo Altice chegou a acordo com Alexandre Fonseca, cessando o vínculo laboral que mantinha, bem como todas as funções executivas e não executivas que desempenhava”. Desta forma, o gestor sai por mútuo acordo do Grupo Altice ao fim de quase dez anos.

O gestor já confirmou este desfecho nas redes sociais, destacando a concretização com o Grupo Altice de um acordo “que põe termo a uma relação de mais de uma década, na qual coloquei toda a minha entrega e dedicação e a quem prestei profunda colaboração”. Segue-se “uma nova fase com novos desafios”, assegurou Alexandre Fonseca.

A 17 de julho do ano passado, a Altice anunciou que o co-CEO, Alexandre Fonseca, suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de ‘chairman’ em diversas filiais, após uma investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal do MP.

Com esta decisão, Alexandre Fonseca “pretende de forma inequívoca proteger os interesses do grupo Altice, e todas as suas marcas num processo que é público onde, aparentemente, são indiciados atos a investigar ocorridos no período em que este exerceu as funções executivas de presidente da Altice Portugal”, referiu o grupo nessa altura.

Em causa nesta investigação estaria, alegadamente, uma “viciação do processo decisório do grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.