[weglot_switcher]

Algarve no top 5 do mundo no sector residencial de luxo. Lisboa e Porto crescem 2,2% e 5%

Entre as conclusões está também que um milhão de euros dá apenas para comprar 67 m2 na Quinta do Lago, enquanto com o mesmo valor é possível adquirir 110 m2 em Barcelona ou 90 m2 no Lago de Como, em Itália.
30 Março 2024, 22h15

O mercado residencial de luxo em Portugal continua em alta, com o Algarve, Porto e Lisboa em destaque segundo o The Wealth Report, um estudo anual da consultora Knight Frank, parceira da imobiliária Quintela e Penalva desde 2021.

Segundo esta análise, com um milhão de dólares, é possível comprar na Quinta do Lago, no Algarve, uma residência de luxo “segunda casa” com 67 metros quadrados (m2), enquanto com o mesmo valor é possível adquirir 110 m2 em Barcelona, Espanha, ou cerca de 90 m2 no Lago de Como, em Itália. A escassez da oferta e o caráter único da Quinta do Lago, explicam o crescimento acentuado dos preços.

O estudo mostra que o Algarve está no top 5 dos mercados mundiais do setor residencial de luxo, onde os preços tiveram a melhor performance em 2023.

Francisco Quintela, CEO da Quintela e Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “Lisboa continua a estar no radar e consta no top 10 do inquérito em termos de localização para novos compradores, tal como consta no The Wealth Report”.

A previsão do crescimento dos preços de luxo em Lisboa continua a ser muito significativa, uma vez que a procura continua a ser muito forte no mercado de habitação de luxo, nomeadamente em Lisboa, Cascais e Comporta, onde a procura por imóveis de luxo tem aumentado significativamente”, acrescenta o CEO.

Francisco Quintela refere ainda que esta realidade “é maioritariamente corroborada pelo interesse e concretização de negócios por investidores estrangeiros, com elevada capacidade de investimento”.

Entre os 100 destinos mais procurados do mundo em termos de valorização de preços em 2023, o Algarve surge na quarta posição, com uma subida de preço de 12,3%, apenas atrás de destinos como Manila (Filipinas, 26,3%), Dubai (Emirados Árabes Unidos, 15,9%) e Bahamas (15%), revela o The Wealth Report.

Na lista das cidades e regiões que registam crescimento anual de preços estável ou positivo estão as cidades de Lisboa e Porto.

“As duas cidades mantêm-se em terreno positivo, com crescimentos na ordem dos 2,2% e 5%, respetivamente. Assim, o Porto surge na 29ª posição, à frente de, São Paulo, Roma, Barcelona, Milão ou Paris. Já Lisboa, está no 60º lugar, e supera cidades como Dublin, Viena, Tóquio, Berlim ou Nova Iorque”, refere o estudo.

O estudo da Knight Frank revela também que o preço dos imóveis de luxo em Lisboa deverá ainda crescer, em 2024, na ordem dos 2,5%, sendo precedida de Seul, na Coreia do Sul, Zurique, Nova Iorque ou Paris.

De acordo com o The Wealth Report 2024 da Knight Frank, o número de ultra ricos UHNWIs (Ultra-High-Net-Worth Individual), em Portugal – aqueles com um património líquido igual ou superior a 30 milhões de dólares – aumentará 25%, atingindo 1.000 pessoas até 2028.

Para Kate Everett-Allen, Head of International & Country Research na Knight Frank,” este facto, combinado com a expetativa de que o BCE comece a reduzir as taxas no Verão, juntamente com a recuperação do sector do turismo no país, atrairá mais proprietários e investidores de segunda habitação. É assim expectável que os preços de luxo aumentem 2,5% em Lisboa em 2024”.

De acordo com o The Wealth Report, que acompanha o desempenho dos imóveis de luxo em 100 localizações-chave (incluindo cidades, destinos de sol e de esqui), 80 localizações registaram um crescimento anual de preços estável ou positivo.

Manila (26%) lidera, mas o líder do ano passado, Dubai (16%), caiu apenas um lugar.

A Ásia-Pacífico (3,8%) ultrapassou as Américas (3,6%) para obter o título de região mundial com melhor desempenho, com a Europa, o Médio Oriente e África a ficarem para trás (2,6%). Tal como previsto no ano passado, os locais de sol continuaram a ter um desempenho superior, com um aumento médio de 4,7%, seguido de perto pelas estâncias de esqui (3,3%) e pelas cidades (2,7%).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.