A venda da Generali Portugal entrou na segunda fase, das propostas vinculativas.
Há neste momento quatro potenciais compradores a Apollo, que tem a Tranquilidade, a Allianz, a Caravela e a Liberty.
Mas segundo as nossas fontes a proposta da Allianz é a que mais hipóteses tem de vencer o concurso.
Contatada a Allianz Portugal, respondeu “não comentamos este tipo de operações, porque é um assunto que tem de ser tratado pela casa-mãe”.
A Allianz é das companhias que está compradora em Portugal, tal como admitiu em entrevista ao Jornal Económico a sua presidente Teresa Brantuas. “O que pode levar a Allianz a adquirir alguma companhia em Portugal é o facto de querer crescer e porque o grupo Allianz continua a querer investir em Portugal. O nosso objetivo é de expansão”, disse então Teresa Brantuas.
O prazo para a entrega das proposta vinculativas ao intermediário financeiro Barclays está em curso e até ao fim de janeiro haverá um desfecho do concurso e a escolha do vencedor, soube o Jornal Económico.
O processo de venda da Generali chegou assim ao momento crucialdepois da primeira fase das negociações com os interessados, após a recepção das propostas não vinculativas, terem acabado na semana passada.
Em novembro do ano passado foi anunciado que a Generali ia sair de mais de uma dezena de mercados mais maduros onde está presente, tendo posto à venda as subsidiárias em 13 a 15 países, nomeadamente França. Tal como o Jornal Económico avançou em primeira-mão, Portugal foi incorporado na lista de desinvestimentos.
As companhias que serão alienadas e várias que já foram vendidas, valem menos de 1% do resultado operacional do grupo, avança uma notícia recente do jornal italiano 24 Ore. O jornal que noticia a venda da operação em Portugal diz que atualmente, as vendas da Generali na Holanda, Panamá, Colômbia, Liechtenstein e Guatemala já fecharam por um valor total próximo a 350 milhões de euros. Na calha para venda estarão também as operações da Irlanda, Bélgica e a Grécia, bem como da Tunísia, Emirados Árabes Unidos e da ilha de Guernsey. Além disso, esperam-se vendas nalguns países asiáticos, como nas Filipinas.
A companhia de seguros liderada por José Araújo Alves (Chairman) e por Santi Cianci (CEO), apresentava em 2016, uma produção não vida de 130 milhões de euros e no ramo vida 61,9 milhões de euros (-7% face a 2015).
A seguradora Generali, liderada por Santi Cianci, CEO, passou a actuar em Portugal através de uma companhia de direito local para o ramo não vida, em 2015, em vez da sucursal através da qual operava desde 1942. O grupo italiano justificou na altura esta mudança com o reforço da “sua presença em Portugal”. O grupo segurador em Portugal, conta com mais de 350 colaboradores e 1.300 agentes. No ramo de segurador, conta com uma quota de mercado de 3,45%.
O Grupo Generali Portugal está em Portugal desde 1942, mas só em 2015 passou se dá a mudança de registo de Sucursal da Assicurazioni Generali, para sociedade anónima, passando a operar em Portugal como empresa de direito Português. Em 1990 foi criada a Companhia do Ramo Vida em Portugal com a denominação de Generali Vida. E em 1997 compra a companhia de Seguros Vitalício em Portugal.
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