‘Alma Portuguesa’: Campanha publicitária da Sagres indaga sobre o que é a alma dos portugueses

O que vai na alma? Foi este o mote da conversa que juntou personalidades portuguesas, como Miguel Esteves Cardoso, Luísa Sobral, Rui Maria Pêgo e Ana Markl, esta terça-feira no Campo Pequeno.

O mote foi lançado pela Sagres, fazendo parte da sua nova campanha publicitária. “Somos de beber café sem açúcar, mas com dois pastéis de nata. Somos de refilar do trânsito, mas esperamos horas na fila do restaurante da moda. Somos de estar cheios de trabalho, mas fazer um almoço de duas horas.” Estas são algumas das características que a Sagres usou para descrever a alma portuguesa.

Para Miguel Esteves Cardoso, “as conversas sobre ser português são sobre coisas que pensamos sem querer.” Já Luísa Sobral, com a experiência de ter vivido fora do país, refere que “só percebemos aquilo que é ser português quando estamos com outras nacionalidades que não se comportam como a nossa. Quando vivemos fora, podemos ver as coisas maravilhosas que o nosso país tem”, salientou.

A conversa entre estas personalidades abordou muitas temáticas dentro da alma portuguesa, nomeadamente a “doçura” de sermos portugueses e a nossa “intensidade” e, ao mesmo tempo, “calma”, além da vitória da Eurovisão em 2017, com uma canção de Luísa Sobral, interpretada pelo seu irmão Salvador Sobral. “Foi um grande orgulho quando chegámos ao aeroporto e tínhamos um mar de bandeiras à nossa espera; tínhamos representado o país”, afirmou.

Nascida durante a Segunda Guerra Mundial, a cerveja Sagres foi lançada em 1940 na Exposição do Mundo Português e foi pensada para dar a conhecer todos os detalhes da cultura portuguesa.

Atualmente, existem duas grandes marcas de cerveja em Portugal, a Sagres e a Super Bock. Na perspetiva de Miguel Esteves Cardoso, a pergunta mais portuguesa que se pode fazer é “quando se pede uma Sagres e nos perguntam se pode ser Super Bock”.

Já Rui Maria Pêgo considera que os portugueses “são de hábitos e um pouco adversos à mudança”. Miguel Esteves Cardoso salientou que “os portugueses gostam de pertença.”

Para finalizar a conversa, foi pedido a Carlão que fizesse uma “ata da reunião”, na qual concluiu que “o que nos vai na alma é o que nos torna o que nós somos, o que nos torna portugueses. Diferentes na vida, mas iguais na lama. Somos um povo que sente. Isto de ser português não se explica, sente-se.”

Catarina Ferraz, responsável de marketing da cerveja Sagres, afirmou que esta cerveja “nasceu de orgulho e alma portuguesa, faz parte do ADN da marca.” A campanha nasceu da pergunta “o que é ser português?”, que levou a equipa a perceber que “não é um passaporte, nem saber cantar o hino; são emoções e sentimentos, e são estes que muitas vezes são contraditórios. A riqueza da alma portuguesa está nisso, de ser uma alma que não se pode explicar.”

A diretora de marketing sublinha que esta “não é só mais uma campanha da cerveja Sagres, é a nossa essência. Esta alma portuguesa mostra que, enquanto povo, somos cheios de medos e certezas, saudades e vontades. Somos, sem dúvida, um povo que sente, e não é possível explicar.”

“A Sagres procura transmitir a todos que é uma marca que quer falar para todos e espera ser um ponto de encontro, um lugar onde podemos ser nós próprios, e nesta verdade de que o que nos une é a nossa lama portuguesa”, declarou.

Durante o mês dos arraiais, a marca vai estar presente em diferentes eventos, desde o Campo Pequeno aos emblemáticos, como o de S. Miguel, em Alfama, o de Santo António, o da Praça da Alegria e o da Estrela.