Alojamento local em mínimos históricos: taxa de ocupação de 5% em Lisboa e de 3% no Porto

A taxa de ocupação do alojamento local em Portugal atingiu mínimos históricos, tendo baixado para 5% na região de Lisboa e para 3% na região do Porto, de acordo com os dados hoje, dia 29 de junho, divulgados pela ‘Confidencial Imobiliário’.

“O mês de maio confirmou a paralisação do mercado de alojamento local (AL), com as taxas médias de ocupação neste tipo de alojamento a atingirem os 5% em Lisboa e os 3% no Porto. Mesmo incluindo alguns dias de desconfinamento, maio agravou os já baixos níveis de ocupação observados em abril, quando Lisboa registou uma taxa média de ocupação de 10% e o Porto de 11%”, revela um comunicado da ‘Confidencial Imobiliário’.

A mesma nota informativa acrescenta que, “em maio de 2019, a ocupação média em Lisboa foi de 73% e no Porto de 66%”, enquanto, em março deste ano, a ocupação média do AL nas duas cidades rondou os 40%, “refletindo ainda a dinâmica de um mês que combinou períodos pré e pós-Covid”.

Estes dados são apurados pela ‘Confidencial Imobiliário’ no âmbito do SIR-Alojamento Local.

“Outro indicador da pressão da pandemia no AL, fortemente afetado pela suspensão global dos fluxos turísticos, é a quebra de 94% em Lisboa e 96% no Porto no número de noites vendidas, agravando as quedas observadas em abril, que tinham sido, respetivamente, de 75% e 67%”, sublinha o referido comunicado.

Os responsáveis da ‘Confidencial Imobiliário’ adiantam que, “em consequência da travagem da ocupação, o RevPAR [receita por quarto disponível] voltou a diminuir em maio, atingindo os 11 euros em Lisboa os sete euros no Porto”.

“Tais valores comparam, respetivamente, com os 15 euros e os 14 euros registados em abril. No período homólogo, o RevPAR de Lisboa atingia os 58 euros e o do Porto os 44 euros”, destaca a ‘Confidencial Imobiliário’.

Além disso, “as diárias médias mensais dos alojamentos com ocupação em maio mantiveram-se, contudo, nos níveis habituais do mercado, atingindo 93 euros em Lisboa e 70 euros no Porto.

Os responsáveis da ‘Confidencial Imobiliário’ advertem que os dados apurados no âmbito do SIR-Alojamento Local para março e abril foram revistos com uma nova análise das plataformas de reserva, no sentido de eliminar, ao máximo, efeitos de reservas com tarifas não reembolsáveis que não tenham tido tradução em ocupação efetiva, assim como ocupação para fins não turísticos que possa ter ocorrido nesse período. Daí resultou uma atualização em baixa de alguns indicadores, incluindo da taxa de ocupação.