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Alqueva: água tem sido utilizada de forma eficiente e ainda está longe de esgotar o seu potencial

Numa apresentação feita durante a conferência, que tinha como tema o “Pacto Ecológico Europeu, do Prado ao Prato” e foi transmitida pela plataforma multimédia da JE TV, o presidente da EDIA, José Pedro Salema enumerou medidas que têm sido seguidas para assegurar uma agricultura sustentável, no quadro do Alqueva, e otimizar recursos.
14 Abril 2021, 20h24

O presidente do conselho de administração da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, José Pedro Salema, defendeu, na última conferência do ciclo “Conhecer para Decidir, Planear para Agir”, que a água disponibilizada pelo sistema tem sido utilizada com técnicas eficazes, permitindo recordes de produção, mas está ainda longe do seu potencial.

Numa apresentação feita durante a conferência, que tinha como tema o “Pacto Ecológico Europeu, do Prado ao Prato” e foi transmitida pela plataforma multimédia da JE TV, José Pedro Salema enumerou medidas que têm sido seguidas para assegurar uma agricultura sustentável, no quadro do Alqueva, e otimizar recursos.

Com 65 mil hectares de olival e 15 mil hectares de amendoeiras, o Alqueva contribuiu decisivamente para os recordes de produção de azeite e de amêndoas batidos no ano passado – calculando que cerca de 100 mil das 140 mil toneladas de azeite tenho tido origem nesta área do Alentejo –, mas o responsável da EDIA realçou que isso está a ser conseguido com técnicas de regadio “dos mais eficazes que existem”. Ao ponto de o sistema de rega gota a gota permitir que mais de 90% da água seja absorvida pelas raízes das árvores e plantas, tornando-se essencial “evangelizar os clientes” para a utilização das melhores técnicas.

Outras medidas em estudo envolvem a substituição de toda a frota de veículos da empresa, visto que a sua eletrificação permite uma eficiência energética três vezes superior aos dos motores de combustão a diesel, havendo já um grande esforço de instalação de painéis fotovoltaicos. Segundo José Pedro Salema, a diminuição das despesas “faz sentido mesmo para gestores sem preocupações ambientais”.

Com o Alqueva ainda a cerca de 70% do potencial de utilização de água para a agricultura sem pôr em causa a sustentabilidade do sistema, o presidente da EDIA defende que “quanto maior é a empresa maior é a sua responsabilidade para transformações que são necessárias”.

A conferência inclui uma mesa-redonda em que participarão António Serrano, CEO da Jerónimo Martins Agro-alimentar; Ana Trigo de Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde; Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP); e Hector Lujan, presidente e CEO da Reiter Affiliated Companies. O

O ciclo de conferências “Conhecer para Decidir, Planear para Agir” é promovido pela Lusomorango, a maior organização de produtores portuguesa do sector das frutas e legumes, e pela Universidade Católica Portuguesa, numa iniciativa de que o Jornal Económico é media partner.

As conferências realizam-se semanalmente e terminam esta quarta-feira.

O objetivo desta iniciativa é “contribuir com uma visão estratégica global, integrando na reflexão toda a cadeia de valor agroalimentar nas várias perspetivas geográficas”, explicou ao JE Luís Pinheiro.

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