A Altice prepara-se para vender a sua rede de fibra ótica em Portugal, num negócio que, segundo analistas, avalia a infraestrutura em entre três e quatro mil milhões de euros, apurou o Jornal Económico. Outras fontes do mercado indicam que a Altice não deverá estar disposta a vender por menos de cinco mil milhões, dado que existirão avaliações superiores a esse montante. O processo de alienação foi lançado formalmente esta semana, mas a única certeza é que o grupo francês liderado por Patrick Drahi pretende manter o controlo operacional da rede de fibra, que até ao final do próximo ano deverá chegar a 5,3 milhões de lares, disponibilizando serviços de voz fixa, Internet em banda larga e televisão por subscrição.
Ao que o Jornal Económico apurou, o memorando com a informação sobre os ativos que vão estar à venda chegou aos potenciais compradores, fundos de private equity e outros investidores institucionais, através da assessora financeira francesa Lazard, mas no documento não há qualquer referência à percentagem de capital à venda. A empresa dona da Meo pretende concluir a alienação até ao fim do ano e, para o efeito, vai criar uma nova empresa que ficará com a rede de fibra, à semelhança do que sucedeu quando alienou as torres de telecomunicações, no ano passado. Mas, uma vez que a Altice não quer perder o controlo operacional da infraestrutura em fibra óptica, que estará no balanço desta nova entidade, poderá manter a maioria do capital.
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