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Altri mais do que duplica lucros para 195 milhões

A Altri aumentou os lucros para 194,498 milhões de euros em 2018, um resultado que se traduz numa variação positiva de 102,5% face ao ano anterior. O Grupo vai distribuir 61,5 milhões de euros aos acionistas, propondo um dividendo por ação de 0,72 euros.
13 Março 2019, 19h05

A Altri aumentou os lucros para 194,498 milhões de euros em 2018, um que se traduz numa variação positiva de 102,5% face ao ano anterior.

O Grupo vai distribuir dividendos no valor de 61,5 milhões, o que significa um dividend ratio de 31,6%. Será proposto o pagamento de 0,72 euros por ação na assembleia geral.

O ano passado foi “um ano histórico para a Altri”, referiu a empresa, que tem negócios nas indústrias papeleira (pasta de papel) e energias renováveis de base florestal, no relatório e contas relativo ao exercício do ano passado, divulgado esta quarta-feira.

A empresa, cotada no PSI 20, referiu que a produção de pasta de papel de eucalipto atingiu as 1.097 milhões de toneladas, uma cifra “record” para o grupo liderado em conjunto entre Paulo Fernandes (presidente e co-CEO) e João Borges de Oliveira (vice-presidente e co-CEO), e que permitiram gerar receitas no valor de 785 milhões de euros, um crescimento de 18% face ao exercício do ano passado.

As receitas de venda de pastas ascenderam a cerca de 680 milhões, um incremento de 20% em termos homólogos.

A grande maioria da produção destinou-se à exportação, uma vez que 70% das receitas foram realizadas no mercado europeu, excluindo Portugal, para onde a Altri exportou 735 mil toneladas. Portugal representou 11% das vendas enquanto a China representou 9%.

Os custos, excluindo amortizações, custos financeiros e impostos cresceram 3,7%, em igual período, para 492,1 milhões.

O EBITDA – lucros antes de impostos, depreciações e amortizações – ascendeu aos 292,7 milhões, um crescimento de cerca de 53% face ao registado em 2017. A margem subiu, em igual período, 8.6 pontos percentuais, fixando-se nos 37,3%.

Em termos operacionais, destaque para a integração, pela primeira vez, em dezembro, da operação de produção de energia a partir de biomassa da subsidiária Bioelétrica, “Assim, a demonstração consolidada dos resultados inclui um mês de actividade da Bioelétrica e suas subsidiárias”, explicou a Altri.

Recorde-se que, no ano passado, a Altri adquiriu à EDP os restantes 50% que não detinha na Bioelétrica e suas subsidiárias, unidades que se dedicam à produção de energia elétrica através de biomassa florestal.

O CAPEX (investimento) superou os 110 milhões de euros, dos quais cerca de 42% foram canalizados para a construção da nova central de biomassa da Figuera da Foz.

A dívida líquida subiu 45 milhões em 2018, para 433 milhões.

Quanto ao futuro, a Altri planeia investir 80 milhões em 2019, dos quais 30 milhões serão canalizados para a conclusão da central de biomassa da Figueira da Foz, cujo arranque estará previsto para o terceiro trimestre deste ano.

No que diz respeito à operação, as unidades industriais da Altri, Celtejo e Caima, têm paragens previstas para os meses de maio e outubro, respectivamente. Em fevereiro, a unidade industrial Celbi parou durante mais de 15 dias no âmbito de uma paragem programada. “Tendo em conta o nível de stock acumulado em trimestres anteriores, não será de esperar alterações materiais nos volumes vendidos durante o primeiro trimestre de 2019”, disse a empresa.

No PSI 20, a Altri fechou a sessão desta quarta-feira a subir 0,56%, para 7,16 euros.

 

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