Os bancos estão hoje bem capitalizados e com uma elevada qualidade dos ativos, tendo alcançado lucros recorde pelo segundo ano consecutivo em 2024. Mas há desafios pela frente, refere Mário Trinca, managing director da consultora Alvarez & Marsal, que passam pela diversificação do fluxo de receitas, expansão da atividade e otimização do capital.
“Hoje há um forte desempenho da banca a nível nacional e europeu como não acontecia há muitos anos”, num cenário que deverá continuar a ser marcado pelo corte das taxas de juro do Banco Central Europeu, “assumindo que a situação macroeconómica permanece estável” , começou por dizer Mário Trinca na sua intervenção no Fórum Banca 2025, organizado esta quarta-feira pelo Jornal Económico.
“Face a este decréscimo das taxas de juro, há dois temas importantes”, nota o managing director da consultora Alvarez & Marsal, apontando para o “crescimento do volume da atividade bancária e o próprio repricing dos ativos”. O responsável referiu ainda que a expectativa é de que a “qualidade dos ativos continue a ser reduzida”.
“Se existir algum imponderável, acreditamos que os bancos têm capacidade suficiente para absorver essas surpresas”, notou Mário Trinca, afirmando que os “bancos estão muito bem capitalizados” e a “própria qualidade do capital é bastante superior ao que acontecia no passado”.
Há, porém, desafios pela frente. Estes passam pela “diversificação do fluxo de receitas e pela expansão da atividade”, algo “que está na estratégia de cada banco”, mas também pela otimização do capital.
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