“Tendo em consideração a importância, bem como o interesse cultural desta associação, que envide esforços no sentido de encontrar, com caráter de urgência e em conjunto com Academia de Amadores de Música, um espaço adequado para a sua atividade”, lê-se na recomendação apresentada pelo PCP e que foi aprovada por maioria na Assembleia Municipal, com o voto contra da deputada não inscrita Margarida Penedo (que se desfiliou do CDS-PP) e os votos a favor dos restantes.
No mandato 2021-2025, existem 13 grupos municipais que integram este órgão deliberativo da cidade de Lisboa: PS (27 deputados), PSD (17), CDS-PP (seis), PCP (cinco), BE (quatro), IL (três), Chega (três), PEV (dois), PAN (um), Livre (um), PPM (um), MPT (um) e Aliança (um), e dois deputados independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e a deputada não inscrita Margarida Penedo, num total de 75 eleitos.
A proposta do PCP recomenda ainda à câmara que dê conhecimento à Assembleia Municipal das diligências tomadas até agora e que se preveem tomar para garantir o futuro da Academia de Amadores de Música (AAM).
Com 140 anos de história, a AAM funciona na Rua Nova da Trindade, no Chiado, mas terá de abandonar em breve as instalações por incapacidade para pagar a nova renda, que passou de 542 euros para 3.728, pondo em causa o ensino de música de 320 alunos.
Na quarta-feira, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), reforçou o empenho para ajudar a encontrar uma solução para acolher a AAM, sem confirmar a informação de que foi identificado um equipamento municipal no “centro” da cidade.
Em reunião privada do executivo municipal, a vereação do BE questionou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), o social-democrata Carlos Moedas, sobre a situação da AAM, defendendo que a autarquia tinha de agir e não podia esperar pelo Governo.
Segundo o BE, “o presidente respondeu que identificou um equipamento municipal no ‘centro’ que poderia ser adaptado para a AAM”.
A Lusa questionou a CML sobre a informação de ter sido identificado um equipamento municipal no “centro” para acolher a AAM, mas o município não confirmou, afirmando que “o atual executivo continua empenhado em encontrar possíveis locais alternativos e soluções que possam garantir a continuidade” do trabalho desta associação.
Na reunião de hoje da Assembleia Municipal, os deputados aprovaram ainda recomendações do PEV para atribuição de homenagem toponímica ao poeta e crítico português António Vítor Ramos Rosa e ao poeta e professor Sebastião da Gama, ambos com os votos contra do Chega e a abstenção de IL e MPT, tendo também sido viabilizada essa homenagem a Madalena Barbosa, uma das dirigentes e fundadoras do Movimento de Libertação das Mulheres.
Com os votos contra de PCP e a abstenção de BE, Livre, PEV, Cidadãos Por Lisboa e PS, foi aprovada a proposta do Chega para atribuição de homenagem toponímica à atriz e escritora Carmen Dolores.
O PAN apresentou uma recomendação para alteração das normas relativas ao transporte de animais na CARRIS, nomeadamente para “possibilidade do transportar animais que não ofereçam perigosidade, desde que acompanhados pelos respetivos tutores, com os habituais meios de contenção legalmente previstos para a sua circulação na via e demais lugares públicos, ficando dispensada a necessidade da utilização de transportadora, desde que contidos à trela curta e açaimados, que não lhes permita morder ou causar danos ou prejuízos a pessoas, outros animais ou bens”, mas a proposta foi rejeitada, inclusive com os votos contra de PEV, PSD, IL, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega.
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