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Amadora-Sintra e S. Teotónio em Viseu com piores urgências em Portugal, conclui inquérito da Deco

A Deco conduziu um inquérito sobre a qualidade de serviço nos hospitais e apurou uma avaliação de 74% na apreciação global. Foram inquiridos 42 estabelecimentos de todo o país, incluindo as ilhas, cinco dos quais privados.
29 Janeiro 2019, 12h40

As urgências dos hospitais Amadora-Sintra e São Teotónio em Viseu são as menos satisfatórias para os portugueses.

A conclusão é da Deco Proteste que conduziu um inquérito sobre a qualidade de serviço nos hospitais e apurou uma avaliação de 74% na apreciação global. Foram inquiridos 1723 cidadãos – utentes, peritos e profissionais de saúde – que classificaram 42 estabelecimentos de todo o país, incluindo as ilhas, cinco dos quais privados.

Em termos gerais, os portugueses relataram experiências muito positivas na sua relação com o hospital, dando destaque aos hospitais CUF Infante Santo (Lisboa), Instituto Português de Oncologia do Porto, Hospital Curry Cabral (Lisboa), Hospital dos SAMS (Lisboa) e Hospital Dr. José Almeida (Cascais). Já os hospitais São Sebastião, na Santa Maria da Feira, e o Egas Moniz, em Lisboa, foram palco para as experiências menos positivas.

É importante referir que o estudo não incide sobre a qualidade dos cuidados médicos, mas sim, sobre a experiência dos utentes, cuja avaliação passa por individualizar determinados momentos.

Urgências

No que às urgências diz respeito, o controlo dos sintomas, como a dor, e a informação sobre a situação clínica do doente fornecida pelos profissionais de saúde foram alguns dos aspetos mais valorizados.

Entre as principais queixas que impendem sobre os serviços de urgências, contam-se a ajuda deficiente no controlo da dor ou de outros sintomas, a menor empatia dos enfermeiros e auxiliares, o ruído e a falta de envolvimento do doente nas tomadas de decisão relativas ao seu estado de saúde

Os hospitais do CUF Infante Santo (Lisboa) e da Angra do Heroísmo (Açores) receberam a classificação mais alta, situando-se nos 95%. Já o Amadora-Sintra e o S. Teotónio, em Viseu, foram os piores classificados com uma nota de 62% e 63%, respetivamente.

Internamento

No internamento, pesaram aspetos relacionados com a higiene, o ruído, a alimentação e a dificuldade em contactar o hospital, por telefone ou e-mail, foi ainda assinalada.

Em Setúbal, o Hospital São Bernardo recebeu a nota mais alta na categoria de Internamento, com 98%. Enquanto que o Hospital de São Sebastião (Santa Maria da Feira) e Hospital Egas Moniz (Lisboa), apuraram a pior classificação, com 78%.

Consultas externas

Já nas consultas externas, destacou-se, por exemplo, o tempo de espera, a alimentação no hospital e a pouca empatia dos funcionários. E, de novo, a facilidade de contacto com o hospital ficou aquém do desejável.

O Hospital de Famalicão foi o pior classificado nesta categeoria, com uma nota de 69% enquanto que o CUF Infante Santo
(Lisboa) e Hospital  de São Bernardo (Setúbal) ambos conquistaram uma avaliação de 98%.

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