A Amazon vai investir até 50 mil milhões de dólares (43,2 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) na expansão dos seus recursos de inteligência artificial (IA) e supercomputação para clientes governamentais dos Estados Unidos que fazem uso da Amazon Web Services (AWS), que é o serviço de cloud (ou nuvem na tradução portuguesa) da tecnológica.
As obras devem iniciar-se em 2026 permitindo à tecnológica dirigida por Andy Jassy acrescentar quase 1,3 gigawatts de capacidade de inteligência artificial e supercomputação nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud (Estados Unidos), através da construção de data centers (centros de dados na tradução portuguesa) com tecnologias avançadas de computação e rede.
“As agências federais terão acesso alargado aos serviços abrangentes de inteligência artificial da AWS, incluindo o Amazon SageMaker AI para treino e personalização de modelos, o Amazon Bedrock para a implementação de modelos e agentes, o Amazon Nova, o Anthropic Claude e os principais open-weights foundation models (modelos de ‘base de pesos abertos’ numa tradução livre), bem como os chips de inteligência artificial AWS Trainium e a infraestrutura de inteligência artificial da Nvidia.
“Isto permitirá às agências desenvolver soluções de inteligência artificial personalizadas, otimizar conjuntos de dados massivos e aumentar a produtividade da força de trabalho”, refere a empresa tecnológica.
Estas ferramentas vão estar disponíveis para os atuais e futuros clientes do governo dos Estados Unidos nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e GovCloud (Estados Unidos), confirmou a Amazon, com o objetivo de “reforçar a liderança americana em inteligência artificial e fornecer às agências federais a infraestrutura segura e escalável de que necessitam para a próxima era de inovação”.
A Amazon sublinha que este investimento feito pela tecnológica deve permitir às agências governamentais “acelerar a descoberta e a tomada de decisões” em todas as missões governamentais.
“Ao integrar dados de simulação e modelação com inteligência artificial, as agências podem realizar em horas o que antes demorava semanas ou meses, através de ciclos de direcionamento experimental autónomo e de feedback em tempo real. As equipas de investigação podem processar décadas de dados de segurança globais em centenas de variáveis em tempo real, transformando análises de padrões complexos em insights acionáveis instantâneos, ao mesmo tempo que reduzem drasticamente conjuntos de dados maciços”, explica a empresa tecnológica dirigida por Andy Jassy.
“A computação avançada pode transformar dados anteriormente fragmentados da cadeia de abastecimento, da infraestrutura e do ambiente numa imagem unificada. Os fluxos de trabalho de defesa e inteligência que anteriormente exigiam semanas de análise manual podem detetar ameaças automaticamente e gerar planos de resposta, processando imagens de satélite, dados de sensores e padrões históricos a uma escala sem precedentes. Esta integração da inteligência artificial com a modelação e simulação posiciona os Estados Unidos para enfrentar os seus desafios mais complexos com uma velocidade e precisão sem precedentes”, acrescenta a Amazon.
A empresa tecnológica acredita que este investimento vai permitir transformar missões críticas do governo e da base industrial dos Estados Unidos, que vão desde a segurança nacional à investigação e inovação científica — incluindo o desenvolvimento de sistemas autónomos, cibersegurança, inovação energética e investigação na área da saúde — “posicionando os Estados Unidos para liderar a próxima geração” de descobertas computacionais.
O investimento “apoia diretamente” as prioridades delineadas no Plano de Ação de inteligência artificial do Governo, bem como outras iniciativas de computação avançada implementadas em infraestruturas de inteligência artificial e cloud (ou nuvem) seguras e baseadas nos Estados Unidos, salienta a empresa tecnológica.
“O nosso investimento em infraestruturas de inteligência artificial e cloud (ou nuvem) governamental construídas especificamente para este fim transformará fundamentalmente a forma como as agências federais aproveitam a supercomputação”, referiu o CEO da AWS, Matt Garman.
“Estamos a dar às agências acesso alargado a recursos avançados de inteligência artificial que lhes permitirão acelerar missões críticas, desde a cibersegurança à descoberta de medicamentos. Este investimento remove as barreiras tecnológicas que têm impedido o governo e posiciona ainda mais os Estados Unidos para liderar a era da inteligência artificial”, acrescentou Matt Garman.
É ainda dito pela tecnológica que este investimento vai “reforçar a importância estratégica” da inteligência artificial e da supercomputação para “manter a superioridade tecnológica, proteger as infraestruturas críticas e impulsionar a inovação industrial”.
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