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Ameaça da China abala Wall Street

O Ministério do Comércio chinês informou esta sexta-feira que iria aplicar tarifas adicionais – a entrar em vigor a 1 de setembro e a 15 de dezembro – a 5.078 bens dos Estados Unidos,
Reuters
23 Agosto 2019, 15h00

A Bolsa de Nova Iorque abriu esta sexta-feira em baixa depois da retaliação da China. Os três principais índices bolsistas de Wall Street arrancaram a última sessão da semana no ‘vermelho’, na sequência de Pequim ter anunciado que ira impor taxas aduaneiras sobre produtos norte-americanos no valor de 75 mil milhões de dólares (cerca de 67,8 mil milhões de euros).

O Ministério do Comércio chinês informou hoje que iria aplicar tarifas adicionais – a entrar em vigor a 1 de setembro e a 15 de dezembro – a 5.078 bens dos Estados Unidos, que incluem produtos agrícolas, petróleo bruto, aeronaves e carros. O anúncio acontece no dia do discurso do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, em Jackson Hole.

“Os investidores aguardam agora pelo discurso do presidente da Fed em Jackson Hole, pelas 15h00 (hora de Lisboa) em busca de sinais sobre o ritmo de juros que o banco central norte-americano pretende impor, um tema que tem marcado a evolução dos mercados acionistas. No seio empresarial de realçar as excelentes reações às contas da Salesforce.com e da Intuit, que contrastam com a queda expressiva da Foot Locker, da HP e da Hasbro”, explica Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp.

O Dow Jones está a somar 0,40%, para 26.147,03 pontos. Na mesma linha, o S&P 500 avança 0,41%, para 2.911,70 pontos. Também o Nasdaq valoriza 0,51%, para 7.949,39 pontos, enquanto o Russell 200 ganha 0,80%, para 1.496,77 pontos.

Já os analistas do Bankinter referem também que o contexto macroeconómico e a situação da curva das yields fazem com que este ano as atenções sobre Jackson Hole sejam redobradas. “Esperamos que Powell tranquilize os mercados, passando uma mensagem de flexibilidade face ao contexto económico atual e reforçando a disposição da Fed para atuar caso seja necessário, embora sem se comprometer com um plano concreto de corte de taxas, tal como já ficou claro nas atas da Fed divulgadas na quarta-feira”, argumentam, em research de mercado.

Em relação ao petróleo, o Brent recua 1,30%, para os 59,14 dólares por barril, enquanto o crude WTI tomba 2,28%, para os 54,09 dólares. Quanto ao mercado cambial, o euro recua os ligeiros 0,o2% face ao dólar (1,1076 dólares), enquanto a libra perde 0,08% perante a divisa dos Estados Unidos, para 1,2240 dólares.

https://jornaleconomico.pt/noticias/novas-tarifas-de-trump-terao-impacto-de-1-no-comercio-internacional-em-2020-479788

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