A retórica belicista de Trump não se materializou, por enquanto, em medidas concretas visando a economia europeia e, conhecendo o regressado presidente, boa parte da mensagem visa sobretudo maximizar a sua posição negocial com um bloco com o qual mantém uma balança comercial cronicamente desfavorável. Perante este cenário, a Europa tem uma oportunidade dupla: firmar acordos com os EUA e cimentar-se como líder do comércio livre mundial.
Com uma balança comercial a oscilar entre 8 e 12 mil milhões de euros de saldo positivo para a UE, Trump colocou a mira nas exportações europeias, mas as prometidas tarifas ainda não chegaram – e começam a surgir dúvidas se alguma vez chegarão. Pelo contrário, outros países já foram visados: México e Canadá parecem os alvos mais apetecíveis, mas também a Colômbia foi ameaçada por não compactuar com a deportação de migrantes oriundos do seu país.
Por um lado, a UE pode aproveitar o impacto negativo da política americana nestas economias para aprofundar relações económicas com as mesmas, começa por argumentar o economista Pedro Brinca. “As exportações europeias podem ganhar competitividade”, sobretudo caso estes países optem pela reciprocidade, enquanto parte da sua oferta “pode ser redirecionada para os países europeus e, assim, contribuir para a diminuição da inflação”.
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