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AMT recebeu 990 queixas sobre transportes relacionadas com pandemia 

Os principais motivos são “pedidos de reembolso devidos pelo cancelamento de serviços”, “não cumprimento de regras de higienização”, “não cumprimento de regras de distanciamento físico”, “questões de segurança” e “uso de máscaras”.
  • Metro do Porto
29 Dezembro 2020, 15h18

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) recebeu, no primeiro semestre, 7.756 queixas, das quais 990 estão relacionadas com a pandemia, como pedidos de reembolso por cancelamento de serviço e incumprimento de regras de higienização.

“De acordo com a informação recolhida, foi ainda possível constatar que do total das 7.756 reclamações apuradas, 990 estão relacionadas com a pandemia”, concluiu o Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes do primeiro semestre de 2020, divulgado esta terça-feira pela AMT.

Segundo a autoridade dos transportes, dos principais motivos das reclamações ligadas à pandemia, verificam-se, sobretudo, situações referentes a “pedidos de reembolso devidos pelo cancelamento de serviços”, “não cumprimento de regras de higienização”, “não cumprimento de regras de distanciamento físico”, “questões de segurança” e “uso de máscaras”.

O relatório concluiu também que o setor rodoviário é aquele que comporta a maior parte das queixas relacionadas com os motivos elencados, contabilizando 59,6% do total, seguindo-se o setor ferroviário, com 35,4%, e o setor fluvial, com 4,1%.

Nos três primeiros meses do ano, foram registadas mais reclamações do que no mesmo período de 2019: mais 67% em janeiro, 71,8% em fevereiro e 30,6% em março.

No entanto, no segundo trimestre do ano, verificou-se uma diminuição das reclamações, face aos meses homólogos do ano passado, “resultado já da pandemia, com os meses de abril, maio e junho a apresentarem reduções na ordem dos 52,7%, 70,9% e 44,2% respetivamente”.

“Estes valores são explicados pelas restrições à mobilidade das pessoas impostas após ter sido decretado o primeiro estado de emergência, a 18 de março de 2020, devido à pandemia de covid-19, refletindo-se em reduções significativas da oferta, situação que foi sofrendo oscilações em função das variações na procura”, apontou a AMT.

O relatório hoje divulgado revelou que a AMT recebeu, em média, 43 reclamações por dia no primeiro semestre, um total de 7.756 naquele período, que representa uma descida de 11% face ao período homólogo (8.713).

No total de 17 motivos principais de reclamações, 68,4% prendem-se com queixas sobre o “cumprimento defeituoso, cumprimento não conforme com o contrato, incumprimento”, os “preços, pagamento, bilheteiras”, e a “qualidade do atendimento, atendimento deficiente nos estabelecimentos e no atendimento telefónico”, os mesmos motivos invocados pelos utentes no primeiro semestre de 2019.

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