Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, afirmou que a “descida do IVA no cabaz essencial não vai ter repercussões no preço final a aplicar pelo sector da restauração e hotelaria ao consumidor”.
Numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios a secretária-geral da AHRESP, dá a sua opinião sobre as medidas apresentadas pelo ministro das Finanças na quinta-feira, adiantando que “é difícil que os estabelecimentos consigam refletir no preço final ao consumidor a descida dos IVA no cabaz dos bens essenciais, porque as margens já estão a ser esmagadas por uma inflação na alimentação de 21,5 por cento e nos restaurantes de 10 por cento”.
O ano de 2022 foi um ano onde foi possível recuperar alguma da procura por estes serviços, mas segundo Ana Jacinto “todos os ganhos estão a ser consumidos pelos custos crescentes e as empresas tem muito pouca rentabilidade”, a secretária-geral da AHRESP insiste na necessidade de o IVA na restauração passar para os 6%, de forma a aliviar as empresas. Sublinha ainda que “o que é verdadeiramente essencial é aliviar a carga fiscal das empresas para que possam pagar melhor”.
Para Ana Jacinto “os dados da execução orçamental deviam levar a uma revisão do acordo de rendimentos e a folga orçamental que existe devia ser aplicada na redução dos impostos sobre o trabalho”.
A secretária-geral da AHRESP admite que se nada for feito vamos continuar a assistir a encerramentos de estabelecimentos.
Durante a entrevista ainda foi possível falar sobre o programa Mais Habitação, em concreto, sobre as medidas aplicadas ao Alojamento Local, sendo que Ana Jacinto já fez chegar ao Governo o seu desagrado, considerando que as medidas previstas “não fazem sentido, revelam um desconhecimento profundo e foram longe demais”. Mas acredita que o Governo seja sensível e reverta algumas das medidas.
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